O senador Marcos do Val (Podemos/ES) fez uso de sua conta na rede social X (antigo Twitter) para desferir duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em um post enfático, escrito em letras garrafais e recheado de pontos de exclamação, o senador afirmou que “ministro Alexandre de Moraes manipulou as eleições”.

De acordo com Marcos do Val, ele possui documentos que demonstram de maneira clara a interferência do ministro nas eleições passadas, alegando que Moraes favoreceu Luiz Inácio Lula da Silva e prejudicou Jair Bolsonaro e outros influentes de direita. Lula foi o vencedor das eleições de 2022, disputando com o ex-presidente Bolsonaro. O senador afirmou que possui 500 páginas de evidências que incriminam o ministro do STF e que apontam para violações de direitos humanos cometidas por ele. Entretanto, até o momento, esses documentos não foram apresentados publicamente na rede social. Até a última atualização desta reportagem, o ministro Alexandre de Moraes ainda não havia se manifestado sobre as acusações.

Em um contexto internacional, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgou em abril um relatório que também critica o ministro Alexandre de Moraes. Segundo o documento, o ministro tomou decisões que prejudicam a liberdade de expressão, especialmente em relação à rede social X no Brasil. O comitê, majoritariamente composto por parlamentares do Partido Republicano, também fez críticas à postura do governo Biden sobre essas questões.

O relatório ainda menciona que tanto o governo brasileiro quanto o dos Estados Unidos têm buscado silenciar críticos nas redes sociais. Elon Musk, proprietário da X, criticou várias decisões de Moraes que resultaram na suspensão de contas que divulgavam informações falsas, principalmente sobre o processo eleitoral brasileiro. No Brasil, o comitê citou como afetados por essas medidas o ex-presidente Jair Bolsonaro, os senadores Marcos do Val e Alan Rick (União Brasil/AC), a deputada federal Carla Zambelli (PL/SP) e Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson.

“Moraes censura demandas. Para entender as ameaças representadas pelos governos que restringem a liberdade de expressão fora do país, o Comitê emitiu uma intimação para a X Corp. para obter documentos e registros relacionados às iniciativas recentes do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal no Brasil para obrigar a X a censurar meios de comunicação social no país”, diz um trecho do documento. O comitê também solicitou todos os documentos e comunicações entre o Departamento de Estado dos EUA e o governo brasileiro sobre ordens, demandas ou mandados do TSE e do STF relacionados à suspensão ou remoção de contas no X.

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*Com informações Terra Brasil