Nesta quinta-feira (4), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou veementemente contra os cortes anunciados pelo governo Lula (PT). Em uma publicação nas redes sociais, Bolsonaro criticou duramente a decisão, argumentando que, devido às medidas do atual presidente, os mais pobres ficarão sem acesso até aos alimentos mais básicos.
“Sem Bolsa Família e BPC [Benefício de Prestação Continuada] o pobre não vai comer sequer pescoço de frango ou abóbora”, destacou Bolsonaro. A declaração veio acompanhada de uma ironia direcionada ao momento escolhido para a implementação dos cortes, sugerindo que a medida foi planejada para não interferir nas eleições: “os cortes só serão realizados em 2025 para não atrapalhar as eleições”, afirmou o ex-presidente.
Na quarta-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que Lula autorizou o corte de R$ 25,9 bilhões nas despesas obrigatórias do Orçamento de 2025. Segundo Haddad, a medida é necessária para ajustar as contas públicas e garantir a sustentabilidade econômica do país.
As críticas de Bolsonaro refletem uma preocupação sobre o impacto social das medidas de austeridade. A redução de programas sociais como o Bolsa Família e o BPC pode afetar diretamente milhões de brasileiros que dependem desses benefícios para garantir sua alimentação e outras necessidades básicas.
A retórica do ex-presidente visa destacar o potencial impacto negativo para as camadas mais vulneráveis da população, usando uma linguagem direta e apelativa para ressaltar a gravidade da situação. No entanto, também levanta questões sobre a politização das medidas econômicas, insinuando que o governo atual está adiando cortes impopulares para evitar repercussões eleitorais.
Até o momento, o governo Lula não respondeu diretamente às críticas de Bolsonaro. No entanto, Fernando Haddad defendeu a necessidade dos cortes como parte de um esforço maior para estabilizar a economia e promover um crescimento sustentável a longo prazo.
O debate sobre as prioridades orçamentárias e os cortes nas despesas obrigatórias promete ser um tema central na política brasileira nos próximos meses, com implicações significativas para a população e o cenário eleitoral de 2026.
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