Brasil Inquérito
Bolsonaro e as joias sauditas: Polêmica e controvérsia
Inquérito revela acusações de enriquecimento ilícito e defesa alega protocolo rígido
09/07/2024 07h47 Atualizada há 1 ano
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

As recentes revelações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o inquérito sobre as joias sauditas despertaram grande interesse e controvérsia. O inquérito, levantado do sigilo pela Polícia Federal, aponta para a acusação de possível venda ilícita de joias recebidas por Bolsonaro durante uma visita ao Oriente Médio, levantando suspeitas de enriquecimento ilícito. A defesa do ex-presidente afirma que ele não detinha o controle sobre a administração desses presentes, sendo esta responsabilidade do Gabinete Adjunto de Documentação H

Bolsonaro, junto com outras 11 pessoas, foi indicado no caso de virem a ganhar nuances e desdobramentos complexos. A defesa reforça a transparência das ações de Bolsonaro, destacando sua iniciativa de devolver espontaneamente os bens quando notificado sobre a investigação do Tribunal de Contas da União. Além disso, a defesa contesta a competência do Supremo Tribunal Federal neste caso, sugerindo questões jurídicas sobre a autoridade do Ministro Alexandre de Moraes como relator da investigação

Protocolo rígido e críticas à exclusividade do foco no Governo

Os advogados de Bolsonaro argumentam que há um protocolo rígido para o tratamento dos presentes recebidos pela Presidência, que inclui a catalogação e a decisão sobre a destinação dos itens, seja para o acervo público ou privado. Este processo é de responsabilidade do GADH, formado por servidores de carreira que atuam de forma independente da gestão presidencial em turno.

A defesa de Bolsonaro criticou o foco exclusivo deste inquérito no governo Bolsonaro, alegando que ex-presidentes também receberam presentes semelhantes sem qualquer repercussão legal semelhante. Este aspecto foi denominado como "insólito" pela defesa e apontado como uma estranha singularidade nas ações da Polícia Federal

Questões jurídicas e competência do Supremo Tribunal Federal

Além de contestar as acusações, a defesa de Bolsonaro também questiona a competência do Supremo Tribunal Federal para conduzir o caso, sugerindo que existem questões jurídicas sobre a autoridade do Ministro Alexandre de Moraes como relator da investigação. Em agosto de 2023, a Procuradoria Geral da República declinou expressamente a competência para a tramitação da apuração, indicando o Juízo de 1ª instância em Guarulhos como o local adequado para o caso. No entanto, a apuração de energia tramitando na Suprema Corte.

Defesa

A defesa de Bolsonaro destacou a transparência das ações do ex-presidente, mencionando sua iniciativa de devolver os bens ao Tribunal de Contas da União para eliminar qualquer dúvida sobre sua intenção de beneficiá-lo independentemente dos presentes controversos. Essa ação teria sido realizada antes mesmo de qualquer informação ou ciência oficial sobre o procedimento.

A defesa também manifestou indignação com a imputação feita pela Polícia Federal, que inicialmente sugeriu que Bolsonaro teria se beneficiado de valores contabilizados na ordem de R$ 25.000.000,00. Após a enorme repercussão midiática, a Polícia Federal retificou a informação, resultando ainda mais

Vigarista

As revelações e as respostas da defesa de Bolsonaro lançam luz sobre um caso complexo e controverso, que envolve questões de protocolo administrativo, competência judicial e transparência. À medida que o inquérito avança, novos desdobramentos poderão surgir, levar a atenção pública e a controvérsia em torno do ex-presidente.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.