Polícia Pedofilia
Pedofilia virtual em evidência: Operações policiais e reportagens reacendem debate sobre proteção infantil na internet
Casos de abusos e monetização de conteúdos pornográficos infantojuvenis expostos em Mato Grosso do Sul e nacionalmente
09/07/2024 08h56 Atualizada há 4 meses
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Os crimes de pedofilia virtual têm ganhado destaque nos noticiários, tanto em Mato Grosso do Sul quanto em outros estados, com a Polícia Civil e a Polícia Federal realizando operações para combater o armazenamento e distribuição de imagens e vídeos de abusos sexuais envolvendo crianças e adolescentes.

Nesta segunda-feira (8), um caso alarmante veio à tona envolvendo um dentista e professor universitário, que foi flagrado com mais de 7 gigabytes de conteúdo pornográfico infantil. Preso em maio de 2022 durante uma operação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), ele enfrenta graves acusações na Justiça e já foi denunciado pelo Ministério Público.

No último domingo (7), o programa Fantástico exibiu uma reportagem revelando um "mercado de vendas" de conteúdo pornográfico infantil operado por pedófilos através de aplicativos como o Telegram. Os criminosos utilizam palavras-chave e códigos para rastrear e captar imagens de crianças publicadas na internet.

A reportagem destacou que a Inteligência Artificial (IA) está sendo amplamente utilizada para impulsionar a divulgação de imagens de exploração e abuso sexual. A internet, embora seja uma ferramenta poderosa, também evolui permitindo que novas tecnologias sejam exploradas para práticas criminosas.

Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil, explicou ao programa que a novidade está na monetização desses conteúdos de forma aberta e disseminada. "A internet vai evoluindo, novas tecnologias vão sendo criadas e essas tecnologias também vão sendo utilizadas para a prática desse tipo de crime", afirmou.

Dados do International Center for Missing and Exploited Children (ICMEC) mostram que o Brasil é um dos países que mais compartilham material sexual de abuso infantil pela internet, tanto na produção quanto no consumo desses conteúdos.

Como proteger as crianças dos crimes virtuais?

Para minimizar os riscos e proteger as crianças de predadores online, especialistas recomendam algumas práticas essenciais:

  1. Evitar exposição excessiva: Não publique fotos e informações pessoais dos seus filhos na internet, pois imagens aparentemente inocentes podem ser vistas de outra forma por criminosos.

  2. Monitore o consumo de conteúdo: Mantenha uma rotina de visualização do que seus filhos estão acessando online para identificar possíveis abordagens suspeitas.

  3. Controle e supervisão: Supervisionar as atividades online e offline das crianças é fundamental. Predadores sexuais frequentemente ganham a confiança das crianças gradualmente.

O aumento na visibilidade desses casos e a evolução das estratégias criminosas destacam a necessidade urgente de medidas eficazes e vigilância constante para proteger as crianças e adolescentes na era digital.

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