A Petrobras surpreendeu consumidores e analistas ao anunciar nesta semana um significativo aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha a partir de terça-feira, 9 de julho de 2024. Este é o primeiro reajuste desde a posse de Magda Chambriard como CEO da estatal, em maio deste ano.
Segundo a Petrobras, o preço da gasolina nas refinarias será elevado em R$ 0,20 por litro, passando de R$ 2,81 para R$ 3,01. Paralelamente, o gás de cozinha, conhecido como GLP, terá um aumento de R$ 3,10, fazendo com que o preço do botijão de 13 kg suba para R$ 34,70.
O reajuste ocorre em um contexto de desequilíbrio econômico, impulsionado pela recente alta do dólar em 2024, o que acentuou a defasagem dos preços praticados pela Petrobras em relação ao mercado internacional. Desde outubro do ano anterior, a empresa mantinha os preços estáveis, após uma redução de R$ 0,12 por litro.
Embora a Petrobras tenha adotado uma nova abordagem que prioriza mais os custos internos do que a paridade de importação, fatores como o preço do petróleo e as taxas de câmbio continuam sendo determinantes. Estima-se que uma parcela significativa do diesel e da gasolina consumidos no Brasil seja importada, o que obriga a estatal a aumentar suas importações para suprir a demanda nacional, adicionando custos extras à companhia.
Os consumidores sentirão diretamente o impacto desses reajustes nos postos de combustíveis, refletindo-se no orçamento familiar. A elevação dos custos de transporte também pode acarretar aumentos nos preços de produtos e serviços, uma vez que o transporte é essencial na distribuição de quase todos os itens de consumo.
Em resumo, enquanto os reajustes são vistos como necessários para a sustentabilidade financeira da Petrobras, eles geram uma cadeia de consequências que afetam desde a operação das refinarias e importadores privados até o bolso do consumidor final. Acompanhar a evolução desses preços continuará sendo crucial para entender o cenário econômico nacional nos próximos meses.
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*Com informações Terra Brasil