Os recentes aumentos de R$ 0,20 no litro da gasolina e de R$ 3,10 no botijão de gás de cozinha, anunciados nesta segunda-feira (8) pela Petrobras, lançam sombras sobre a economia brasileira. Especialistas advertem que tais reajustes, não previstos nas projeções anteriores, têm potencial para intensificar a inflação, já em patamares preocupantes.
André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), destaca que o impacto direto sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode ser considerável. Com a gasolina representando cerca de 5% do IPCA, cada centavo a mais por litro adiciona pressão inflacionária significativa.
A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, sublinha que o reajuste da Petrobras, além de elevar custos diretamente, pode catalisar aumentos em cascata nos preços de serviços e produtos, propagando ainda mais a inflação. As projeções para o IPCA em 2024 já foram revisadas para cima, refletindo a nova realidade de preços dos combustíveis.
Antes mesmo do anúncio da Petrobras, o mercado já ajustava suas estimativas de inflação devido a fatores internos e externos. Com o aumento da gasolina e do gás de cozinha, essas projeções agora tendem a subir ainda mais, destacando a vulnerabilidade da economia brasileira a choques de preços.
Enquanto isso, a resposta do governo e do Banco Central diante desses desafios inflacionários permanece crucial para mitigar os impactos negativos sobre o consumidor e a estabilidade econômica nacional.
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*Com informações Metrópoles