O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, emitiu uma nota oficial nesta sexta-feira (12) condenando veementemente o uso político da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo anterior. A declaração surge em resposta à revelação, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, da mais recente fase da Operação Última Milha da Polícia Federal, iniciada em 2023, que investiga o suposto uso indevido de recursos da Abin para monitorar autoridades e opositores políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias e utilizar o aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é um ato criminoso que não apenas enfraquece a instituição, mas também a democracia e a soberania nacional", afirmou Pacheco em sua declaração.
Segundo informações da Polícia Federal, funcionários da Abin teriam disseminado desinformação direcionada aos três principais senadores da CPI da Pandemia: Omar Aziz (PSD/AM), Randolfe Rodrigues (S/Partido/AP) e Renan Calheiros (MDB/AL). Os parlamentares repudiaram veementemente o uso ilegal da agência, caracterizando-o como típico de regimes ditatoriais.
Além disso, surgiram relatos envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), cujo caso inclui suposto uso da Abin contra auditores da Receita Federal que investigavam suas atividades. Em resposta às acusações, Flávio Bolsonaro divulgou um vídeo nas redes sociais criticando a divulgação de informações que, segundo ele, não têm relação com as atividades legítimas da Abin.
Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal realizou cinco prisões preventivas e sete mandados de busca e apreensão como parte de uma nova etapa da operação em curso."
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Gazeta Brasil