Luiz Inácio Lula da Silva do PT, pretende se reunir novamente com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e insistir que ela assuma o Ministério do Planejamento, segundo informações de aliados, mas o caminho não é bem esse.

A reunião ainda não foi marcada, mas a intenção é que seja promovida no início desta semana. A senadora, no entanto, tem resistido à pasta oferecida pelo petista. A avaliação é de que o Ministério do Planejamento, apesar de ser a pasta que elabora a proposta orçamentária, não tem impacto político no lançamento de programas e entrega de obras.

Tebet corre o risco de ficar isolada em uma equipe econômica capitaneada por Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula, que já informou ao MDB que avalia um plano B para a senadora.

Segundo dirigentes petistas, disseram que Luiz Inácio, avalia oferecer para a senadora alternativas como Cidades, Comunicações ou Turismo. 

O Ministério do Desenvolvimento Agrário chegou a ser cogitado, mas a tendência que seja assumido pela ex-presidente da Caixa Maria Fernanda Coelho.

A avaliação de dirigentes petistas é que Cidades seria a pasta mais adequada para a senadora, mas, para isso, Lula precisará encontrar espaço para o MDB da Câmara dos Deputados e para o União Brasil, que almejam a pasta.

Ministério para Tebet

Tebet tem reafirmado que gostaria de fazer parte da nova Esplanada dos Ministérios, mas bastante frustrada, deixou claro que não necessariamente precisa fazer parte da nova gestão caso o posto oferecido não seja satisfatório.

Inicialmente, ela foi cotada para o Desenvolvimento Social, mas Lula preferiu entregar o posto, responsável pelo Bolsa Família, ao senador eleito Wellington Dias (PT-PI).

Depois, a ideia é que ela fosse acomodada no Ministério do Meio Ambiente, mas a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) não quis abrir mão do posto para assumir a função de Autoridade para Mudanças Climáticas.

No MDB, a cúpula do partido tem reclamado sobre o tratamento dado à senadora e afirmado que Lula tem sido ingrato com Tebet, que o apoiou no segundo turno da disputa presidencial.

Ao apoiar o petista Lula, no segundo turno das eleições presidenciais, não imaginava que seria descartada do ministério tão almejado, que era do Desenvolvimento.