Política Deboche
Nikolas Ferreira critica reforma tributária: “A picanha virou pé de galinha e a cerveja terá mais impostos”
Deputado do PL/MG protesta contra aumento de impostos e políticas do governo Lula em artigo publicado
15/07/2024 16h29
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) criticou duramente a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) na reforma tributária. Em um artigo publicado no portal Gazeta do Povo, Ferreira destacou que "a picanha virou pé de galinha e a cerveja terá mais impostos", protestando contra o aumento da carga tributária para os brasileiros.

Nikolas expressou preocupação com o impacto econômico das novas medidas, afirmando que "se hoje temos um governo que aumenta suas despesas e entrega as contas públicas no vermelho, não é de se esperar que a conta chegue no colo da população". Ele criticou a administração do presidente Lula, dizendo que o governo se preocupou mais em falar sobre eliminar valores dos benefícios sociais do que em reduzir despesas.

A referência ao "pé de galinha" feita pelo parlamentar se deve a declarações do presidente Lula no final de junho, onde afirmou que “tem carne que é consumida só por gente de padrão alto e tem a carne que o povo consome todo dia – pé de frango, pescoço de frango, peito de frango”. Lula argumentou que, na reforma tributária, deve haver uma separação entre carnes de consumo popular e carnes de luxo, sugerindo que itens populares não deveriam ser taxados.

Durante sua campanha em 2022, Lula prometeu que os brasileiros voltariam a comer picanha e tomar cerveja. No entanto, o preço médio do quilo da picanha subiu 2,45% no primeiro semestre deste ano, atingindo R$ 71, segundo um levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA) divulgado pelo site Poder360. Em comparação, o salário mínimo vigente durante a maior parte do ano passado permitia que os brasileiros adquirissem 19,1 quilos de picanha, um número que teve uma leve alta este ano para 19,9 quilos.

O melhor resultado da série histórica do IEA foi em 2019, durante o primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando os brasileiros poderiam adquirir cerca de 23 quilos de picanha com o salário mínimo de R$ 998, e o preço do corte da carne era de R$ 43,50.

As discussões sobre o preço da carne voltaram à tona após a Câmara dos Deputados aprovar a regulamentação da reforma tributária do consumo, incluindo um destaque do Partido Liberal (PL) que determinou alíquota zero para as proteínas animais. Apesar dos esforços de deputados de esquerda para enaltecer o presidente Lula pela isenção do imposto da carne, foi revelado que o Ministério da Fazenda tentou barrar essa proposta, mas sem sucesso.

O debate sobre a reforma tributária e o impacto nas despesas dos brasileiros continua, com críticas e elogios de diferentes setores da sociedade.

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