O dólar apresenta alta nesta manhã de quarta-feira (17), sendo cotado a R$ 5,46 por volta das 11h30, o que representa uma valorização de 0,70%. O movimento segue a tendência de fechamento da véspera, quando a moeda americana encerrou o dia a R$ 5,42, marcando uma leve queda de 0,30%.
Parte do avanço do dólar é atribuída às declarações feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (16), que trouxeram preocupações ao mercado sobre a situação fiscal do Brasil. "Em entrevista, Lula afirmou que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se tiver 'coisas mais importantes para fazer'", explicou Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos. "Essas declarações reacendem as preocupações com a política fiscal do governo, tema que dominou os mercados em junho e agora volta a colocar incertezas no radar dos investidores."
Além das questões internas, a cotação do dólar também é influenciada pela expectativa em relação à política monetária dos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicou na segunda-feira (15) a possibilidade de redução das taxas de juros no país a partir de setembro. Atualmente, os juros nos EUA variam entre 5,25% e 5,50%, o maior patamar desde 2001, o que tem impacto significativo nos mercados globais. Essa alta dos juros torna os títulos da dívida americana mais atrativos para investidores, reduzindo o interesse por ativos de maior risco, como as ações nas Bolsas de Valores de países emergentes, como o Brasil.
Analistas aguardam também a divulgação dos dados do "Livro Bege" nesta tarde, documento elaborado pelas filiais regionais do Fed que oferece uma análise detalhada da economia americana. As informações esperadas no relatório podem fornecer novas pistas sobre os rumos da política monetária nos EUA e influenciar ainda mais os mercados globais nas próximas semanas.
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*Com informações Metrópoles