O relatório "Violência Contra Povos Indígenas no Brasil", divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), revela um aumento preocupante na violência contra povos indígenas em 2023. Segundo o documento, o número de homicídios cresceu 15,5% em relação ao ano anterior, totalizando 208 assassinatos em comparação com 180 em 2022.
Os estados mais afetados foram Roraima, com 47 casos, Mato Grosso do Sul, com 43, e Amazonas, com 36. O relatório também destaca um aumento de 56% nos índices de suicídio entre indígenas, passando de 115 casos em 2022 para 180 em 2023.
Além dos homicídios e suicídios, o relatório registrou 1.040 mortes de crianças indígenas de 0 a 4 anos, sendo as principais causas gripe, pneumonia, diarreia, gastroenterite, outras doenças infecciosas intestinais e desnutrição.
Luis Ventura Fernández, secretário executivo do Cimi, criticou o governo atual por priorizar interesses econômicos em detrimento dos direitos dos povos originários, afirmando que “cada vez que o governo enfrentou a necessidade de uma escolha, os direitos dos povos indígenas foram sacrificados”.
Em resposta, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) atribuiu a responsabilidade ao governo anterior, alegando ter herdado um cenário de sucateamento e negligência. O ministério também apontou a “instabilidade gerada pela lei do marco temporal (Lei 14.701/23)” como um fator que tem contribuído para a violência contra os indígenas.
Confira a lista completa dos estados e o número de homicídios registrados:
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Pleno News