Brasil Comentário
Lula pede respeito e desculpas de Milei: "Relação Brasil-Argentina não é pessoal"
Presidente brasileiro critica postura de Milei e defende uma relação civilizada entre os dois países
23/07/2024 12h15
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou, nesta terça-feira (23), a necessidade de que o presidente da Argentina, Javier Milei, peça desculpas pelas críticas recentes e mantenha um respeito mútuo nas relações entre os dois países. Em entrevista a agências internacionais, Lula enfatizou que, apesar de não escolher quem ocupa o cargo de presidente da Argentina, espera uma postura respeitosa de Milei em relação ao Brasil.

Lula afirmou que o que importa é a relação entre as nações e não as questões pessoais entre os líderes. “Não é uma relação pessoal, não é uma questão de amigo, de amizade. Não existe isso entre dois chefes de Estado. Então, é isso que eu espero da Argentina, uma relação civilizada, uma relação crescente”, declarou o presidente brasileiro.

Apesar de ter sido cumprimentado por Milei durante uma reunião do G7, Lula disse que não teve uma conversa direta com o argentino. “Eu estava até de costas. Eu estava conversando com o meu pessoal. Eu vejo que eu não tenho nenhum problema. Não tenho nenhum problema. Agora, é o seguinte, eu já falei isso, ele tem que pedir desculpas ao Brasil, senão a relação é complicada”, afirmou Lula, reforçando a necessidade de respeito na política internacional.

No início deste mês, Lula participou da reunião do Mercosul em Assunção, Paraguai, onde Milei não compareceu, enviando um representante em seu lugar. Apesar disso, o presidente argentino participou de uma cerimônia em Santa Catarina dias antes.

Em seu discurso na reunião do Mercosul, Lula criticou as experiências neoliberais na América Latina sem mencionar diretamente Milei. “Democracia e desenvolvimento andam lado a lado. Os bons economistas sabem que o livre mercado não é uma panaceia para a humanidade. No mundo globalizado, não faz sentido recorrer ao nacionalismo arcaico e isolacionista. Tão pouco há justificativa para resgatar as experiências ultraliberais que apenas agravaram as desigualdades em nossa região”, concluiu o presidente brasileiro.

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*Com informações R7