Mato Grosso do Sul Representante
Riedel representará entes federativos na Comissão Especial sobre demarcação de terras indígenas
Escolha do governador reflete a relevância de MS na discussão sobre o marco temporal; início dos trabalhos está previsto para agosto
24/07/2024 10h21
Por: Tatiana Lemes
Foto: Divulgação/Ascom MS

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, foi selecionado pelo Fórum Nacional de Governadores para atuar como representante titular dos entes federativos na Comissão Especial criada para tratar das ações relacionadas ao marco temporal para a demarcação de terras indígenas. A criação da comissão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e marca um passo importante na discussão sobre a regulamentação e os direitos territoriais indígenas no Brasil.

“É uma responsabilidade muito grande representar os 27 governadores do país nesta comissão, especialmente em um tema tão crucial para garantir segurança jurídica e a paz no campo. Mato Grosso do Sul desempenha um papel significativo nesta discussão, por ser o terceiro estado com maior população indígena e por sua relevância na agropecuária e na preservação ambiental,” declarou Riedel.

O ministro Gilmar Mendes, relator das ações no STF, havia inicialmente negado o pedido para suspender a deliberação do Congresso sobre o marco temporal, decisão que levou à criação da comissão. As audiências de conciliação, que começarão em 5 de agosto, estão previstas para se estender até 18 de dezembro, e terão a participação de diversos representantes.

A comissão será composta por diversos grupos e entidades, incluindo:

A questão do marco temporal envolve a tese de que os direitos territoriais dos povos indígenas se limitam às terras que estavam sob sua posse ou em disputa judicial desde o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial ao projeto de lei, validando o marco temporal. No entanto, uma decisão do STF antes da votação do Congresso havia se oposto à tese, influenciando a decisão presidencial de vetar a proposta inicialmente. A decisão final sobre o marco temporal está agora nas mãos da nova Comissão Especial, que terá a missão de promover uma discussão ampla e detalhada sobre o tema.

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