Internacional Comentário
Edmundo González Urrutia crítica reação de Maduro e defende transição pacífica na Venezuela
andidato opositor acusa governo de Nicolás Maduro de reações antidemocráticas e expressa confiança em uma mudança tranquila após as eleições
25/07/2024 11h57
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

As recentes trocas de farpas entre os aliados de longa data Nicolás Maduro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atraíram a atenção de Edmundo González Urrutia, o principal opositor nas eleições venezuelanas. Em entrevista nesta quarta-feira (24), Urrutia criticou a sensibilidade do governo de Maduro diante das críticas, argumentando que a administração do chavista age de maneira antidemocrática ao desconsiderar até mesmo antigos aliados.

Críticas ao governo Maduro

Para Urrutia, a reação de Maduro às críticas demonstra uma “pele sensível” que não tolera descontentamento, mesmo de parceiros de longa data. “Lula tem sido um aliado do governo por muito tempo, e o governo sabe disso, tratando-o como um aliado quase incondicional. Agora, quando há críticas, Maduro reage de forma desproporcional e não democrática,” declarou Urrutia. Ele apontou que a recente decisão de Maduro de desconvidar observadores internacionais europeus para as eleições é um sinal de desespero e nervosismo frente à possibilidade de perder o pleito.

Respostas e expectativas

A crítica de Urrutia vem após o presidente brasileiro expressar preocupação com as declarações de Maduro sobre um possível “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não vença as eleições do próximo domingo (28). Em resposta, Maduro sugeriu que aqueles que se sentem alarmados deveriam tomar um “chá de camomila”, em um gesto de desdém.

Apesar das ameaças de Maduro, Urrutia acredita na possibilidade de uma transição pacífica. “Confiamos que a transição poderá ocorrer de forma tranquila, sem violência, como é comum em sociedades democráticas,” afirmou, demonstrando otimismo em relação ao futuro político da Venezuela.

Desafios e planos para o futuro

Urrutia também abordou a crítica situação econômica da Venezuela, mencionando que a economia está “no chão” e que há uma necessidade urgente de recuperar o poder aquisitivo da moeda nacional, o bolívar. Ele reconheceu que há um longo caminho pela frente para estabilizar e revitalizar a economia do país.

Em relação aos refugiados venezuelanos, Urrutia destacou que seu governo facilitará o retorno daqueles que desejam voltar ao país, visando aproveitar as experiências adquiridas no exterior para o processo de recuperação econômica. “Vamos oferecer um governo que possibilite o retorno dos venezuelanos para que possamos utilizar suas experiências no desenvolvimento do país,” declarou.

Além disso, Urrutia expressou sua intenção de anexar o território de Essequibo, na Guiana, embora defenda que essa reivindicação histórica seja resolvida de maneira pacífica, conforme o Acordo de Genebra de 1966. Ele afirmou ter um plano traçado para alcançar essa meta, reforçando seu compromisso com uma solução diplomática.

Conclusão

A crítica de Edmundo González Urrutia ao governo de Nicolás Maduro e sua visão sobre a transição política e econômica na Venezuela refletem um momento crítico para o país. Enquanto Maduro lida com a pressão interna e externa, Urrutia busca transmitir uma mensagem de esperança e compromisso com a paz e a reconstrução nacional.

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*Com informações Pleno News