Internacional Denúncia
OEA denuncia manipulação nas eleições da Venezuela e pressiona por revisão internacional
Relatório aponta práticas ilegais e falta de transparência nas eleições que proclamaram Nicolás Maduro como vencedor
30/07/2024 12h19
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (30), a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um relatório que aponta indícios de manipulação nos resultados das eleições presidenciais da Venezuela, realizadas no último domingo (28). O documento critica a demora na divulgação dos resultados, mesmo com a utilização de urnas eletrônicas, e relata uma série de práticas ilegais durante o pleito.

Segundo a OEA, o Centro Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor com 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, teria obtido 44%. A oposição venezuelana contesta esses números e acusa o CNE de fraude. María Corina Machado, uma das líderes oposicionistas, alegou ter acesso a 73% das atas eleitorais, que indicariam a vitória de González. Um site foi criado para divulgar essas informações e reforçar a alegação de fraude.

O relatório da OEA não reconhece a legitimidade dos resultados, destacando “ilegalidades, vícios e más práticas” que, segundo a organização, distorceram o resultado final. A OEA criticou o CNE, que, sob a direção de um aliado de Maduro, não forneceu detalhes completos das tabelas processadas, publicando apenas porcentagens agregadas.

Pressão internacional e reação dos países

Os desdobramentos na Venezuela têm gerado forte repercussão internacional. Países como Brasil, México e Colômbia emitiram uma carta conjunta na terça-feira (30/7) expressando grave preocupação com as eleições. Estes países estão exigindo uma revisão completa dos resultados, com a presença de observadores eleitorais independentes, para assegurar o respeito à vontade popular. A pressão internacional visa garantir maior transparência e justiça no processo eleitoral.

Desafios e futuro político da Venezuela

As eleições controversas adicionam mais um capítulo à turbulenta história política da Venezuela. A resposta da comunidade internacional e dos próprios venezuelanos será crucial para definir os próximos passos. A legitimidade do governo de Maduro continua sendo questionada, e a pressão por uma solução pacífica e democrática aumenta. A OEA e outros observadores internacionais desempenharão um papel fundamental em mediar negociações e garantir que a voz do povo seja efetivamente ouvida, em meio a desafios econômicos e sociais persistentes no país.

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*Com informações Terra Brasil