O grupo extremista Hamas confirmou a morte de seu líder político, Ismail Haniyeh, em um ataque aéreo no Irã nas primeiras horas desta quarta-feira (31). O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã também confirmou o ocorrido. Haniyeh estava no país para participar da posse do presidente Masoud Pezeshkian e foi visto ao lado do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, durante a cerimônia.
Tanto o Hamas quanto o Irã acusam Israel pelo atentado, embora os israelenses não tenham feito nenhuma declaração oficial sobre o assunto. Segundo o Hamas, Haniyeh “morreu como resultado de um ataque sionista traiçoeiro em sua residência em Teerã, após participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano”.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu defender a integridade territorial e a honra do Irã, e afirmou que os “ocupantes terroristas se arrependerão do seu ato covarde”. A Guarda Revolucionária relatou que Haniyeh morreu ao lado de um guarda-costas iraniano em sua residência.
O funeral de Ismail Haniyeh será realizado no Catar, na sexta-feira (2/8). Haniyeh, que era o chefe político exilado do Hamas, dividia seu tempo entre o Catar e a Turquia e atuava como um dos principais negociadores para o cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Ele mantinha boas relações com facções rivais do Hamas.
A morte de Haniyeh ocorre poucos dias após outro ataque aéreo atribuído a Israel, que resultou na morte do principal líder militar do Hezbollah no Líbano. Desde os ataques do Hamas em 7 de setembro do ano passado, que deixaram 1.200 mortos e 251 reféns entre civis e militares, Israel havia apontado Haniyeh como um de seus principais alvos.
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*Com informações Metrópoles