Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão tentando convencê-lo a fazer um discurso antes do término do seu mandato. Esperam que o “último pronunciamento à Nação” seja feito amanhã, quarta-feira (28).

Estão pressionando para que fale a seus eleitores que em 2023 atuará como oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ele disse que “seguiria cumprindo o que manda a Constituição” e que “o sonho segue mais vivo do que nunca”.

Até o momento, Bolsonaro ainda não informou se vai ou não fazer o discurso, mas a previsão é que amanhã, 28, participe de um encontro de despedida com auxiliares e aliados, que pode ser no Palácio do Planalto ou no Palácio do Alvorada.

Deve contar com as presenças do ex-ministro Walter Braga Neto (Defesa) e do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O próprio presidente tem convidado alguns integrantes de sua equipe para a despedida.

A expectativa é que Bolsonaro siga para o estado da Flórida, nos Estados Unidos, na quinta-feira (29), onde deve passar o Ano Novo, segundo informações de seus assessores.

O local onde Bolsonaro ficará tem sido tratado com reservas e não está confirmado se ela irá se hospedar no resort em Palm Beach, de propriedade do ex-presidente americano Donald Trump.

Outra possibilidade é a casa de uma família de amigos em Orlando, onde um dos seus filhos já estaria lá. O presidente viajará em aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira), já que ainda será o chefe do Poder Executivo. O retorno, no entanto, só pode ser feito em uma aeronave oficial com autorização do governo Lula.

Bolsonaro não irá a posse de Lula

Com as sinalizações feitas por Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão de que não participarão da cerimônia de transmissão da faixa presidencial, o petista Luiz Inácio Lula da Silva avalia alternativas para a solenidade oficial.

A equipe do governo de transição considera que o símbolo da Presidência da República pode ser entregue de três formas diferentes:

• A primeira delas seria seguindo a hierarquia da Presidência da República, ou seja, que a faixa presidencial seja repassada ao presidente eleito por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, ou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal.
• A segunda opção seria que um representante do cerimonial da Presidência da República transportasse o símbolo presidencial e o entregasse a Lula, que o vestiria na sede do Poder Executivo.
• A última alternativa seria que a faixa presidencial fosse transportada por um grupo de pessoas que simbolize as diversidades de raça e de gênero da população brasileira.