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Julien Alfred faz história e conquista primeira medalha olímpica para Santa Lúcia
A Jamaica, tradicionalmente dominante, fica fora do pódio pela primeira vez em 36 anos
05/08/2024 11h11
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Julien Alfred, de 23 anos, fez história neste sábado (3) ao vencer a prova de 100 metros rasos feminina dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Competindo no Stade de France, Alfred cruzou a linha de chegada com um tempo de 10seg72, assegurando o ouro e conquistando a primeira medalha olímpica para Santa Lúcia, uma pequena ilha caribenha com cerca de 160 mil habitantes.

Desempenho brilhante e quebra de dominância

Alfred, uma das favoritas para a prova, não decepcionou e marcou uma vitória memorável em sua primeira participação em Jogos Olímpicos. O pódio foi completado pelas norte-americanas Sha'carri Richardson, que levou a medalha de prata com 10seg87, e Melissa Jefferson, que garantiu o bronze com 10seg92.

Além de ser uma conquista histórica para Santa Lúcia, a vitória de Alfred também interrompeu uma sequência de 16 anos de vitórias jamaicanas nos 100 metros femininos. A Jamaica, conhecida por sua força nesta prova, viu sua hegemonia ser desafiada devido a ausências notáveis.

Jamaica sem ícones

A ausência da lendária Shelly-Ann Fraser-Pryce, campeã olímpica em Pequim 2008 e Londres 2012 e medalhista em Tóquio 2020 e Rio 2016, devido a uma lesão, foi um dos principais fatores para a mudança no cenário. Fraser-Pryce, que poderia se tornar a primeira atleta a subir ao pódio em cinco edições consecutivas das Olimpíadas, não participou das semifinais.

Elaine Thompson-Herah, também bicampeã olímpica nos 100 metros, não pôde competir devido a uma lesão no tendão de Aquiles. Shericka Jackson, outra grande velocista jamaicana, optou por focar na prova de 200 metros, desistindo dos 100 metros.

A única jamaicana na final, Tia Clayton, terminou em 7º lugar com 11seg04, à frente apenas de Marie-Josee Ta Lou-Smith, da Costa do Marfim. Esta é a primeira vez desde os Jogos Olímpicos de Seul 1988 que a Jamaica não tem uma atleta entre as três melhores na prova dos 100 metros femininos.

Legado e futuro

A vitória de Julien Alfred não apenas marca um ponto alto para Santa Lúcia, mas também altera a narrativa da prova de 100 metros femininos, tradicionalmente dominada pelas atletas jamaicanas. Com a conquista inédita, Alfred inscreve seu nome na história olímpica e inspira futuros atletas de sua nação.

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*Com informações Globo Esporte