Internacional Alerta
Mundo em alerta: Tensões econômicas e riscos de guerra abalam mercados e políticas globais
Crises no Oriente Médio, Venezuela e Bangladesh aumentam incertezas enquanto economia global desacelera
06/08/2024 08h52
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A semana começou com uma onda de tensão global, marcada pela instabilidade nos mercados financeiros e pelo risco crescente de um grande conflito no Oriente Médio. Crises em países como Venezuela e Bangladesh adicionaram mais incertezas ao cenário. Após uma segunda-feira (5) de extrema volatilidade, a terça-feira (6) será crucial para avaliar se os temores são exagerados ou justificados.

Desafios econômicos globais

A recente divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, que mostraram uma desaceleração maior do que a esperada, provocou um efeito cascata nos mercados de ações ao redor do mundo. A Bolsa de Tóquio, no Japão, sofreu sua maior queda desde 1987, com uma redução de 12,4% na segunda-feira. Em Wall Street, o índice S&P 500 caiu 3%, registrando seu pior dia desde setembro de 2022.

No Brasil, o impacto foi igualmente severo. O dólar disparou em relação ao real, alcançando R$ 5,86 na abertura do mercado na segunda-feira, antes de recuar ligeiramente. A moeda norte-americana fechou a segunda-feira em alta de 0,56%, a R$ 5,74, o maior valor de fechamento desde março de 2021.

Nos Estados Unidos, a situação econômica tornou-se um ponto focal na campanha política. O ex-presidente Donald Trump aproveitou a crise para criticar os democratas Joe Biden e Kamala Harris, acusando-os de má gestão econômica e alertando para o risco de uma Terceira Guerra Mundial.

Ameaça de conflito no Oriente Médio

As tensões militares no Oriente Médio estão em ascensão, com o risco de um conflito de grandes proporções envolvendo Israel, Irã e Líbano se tornando cada vez mais real. A região tornou-se ainda mais instável após as mortes de líderes importantes do Hamas e do Hezbollah em operações militares de Israel.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, apelou para que todas as partes desescalem urgentemente a situação. Países como Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e França emitiram comunicados pedindo a seus cidadãos que deixem o Líbano imediatamente devido ao risco de bombardeios.

Crises políticas em Bangladesh e Venezuela

Em Bangladesh, a situação é igualmente preocupante. A primeira-ministra Sheikh Hasina renunciou e fugiu do país na segunda-feira, enquanto uma multidão invadia a residência oficial e militares assumiam o controle.

Na Venezuela, a crise política persiste sem sinais de resolução. O presidente Nicolás Maduro e a oposição continuam em um impasse sobre a legitimidade das eleições. Enquanto Maduro acusa plataformas como TikTok e Instagram de desestabilizar o país, os opositores se autoproclamam líderes eleitos.

Em uma visita ao Chile, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a transparência dos resultados eleitorais na Venezuela e destacou a importância do diálogo e do entendimento entre governo e oposição para promover a paz e a soberania popular.

O início desta semana turbulenta ressalta a fragilidade das relações internacionais e a volatilidade dos mercados, ampliando a incerteza sobre o futuro próximo.

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*Com informações Metrópoles