O deputado federal Geraldo Resende, do PSDB de Mato Grosso do Sul, tem sido criticado por ser o segundo parlamentar que mais gastou da cota parlamentar em 2024, totalizando R$ 340 mil. Em um ano em que os deputados federais já desembolsaram R$ 123 milhões da cota parlamentar, a magnitude dos gastos de Resende destaca-se como um ponto de contensão pública e política.
A cota parlamentar, um benefício pago integralmente com dinheiro público, é destinada a cobrir despesas do mandato, incluindo propaganda, passagens aéreas e aluguel de veículos. Em 2024, o uso dessa verba pelos deputados federais tem gerado debates sobre a transparência e a justificativa dos altos valores gastos. A lista dos 15 maiores gastadores da cota revela uma concentração significativa de despesas:
Entre as despesas mais significativas, destaca-se a “Divulgação da atividade parlamentar”, que consumiu R$ 47 milhões (38% do total). Esse gasto inclui campanhas em redes sociais e outras formas de propaganda. A segunda maior despesa é o “Aluguel de veículos”, com R$ 21 milhões (17%), seguida por “Passagens aéreas”, totalizando R$ 20 milhões (16%).
A questão central gira em torno da justificativa desses altos gastos. A sociedade tem se perguntado se tais investimentos realmente refletem o retorno e a eficácia na representação parlamentar, ou se são excessivos em comparação com os resultados apresentados pelos parlamentares.
Os deputados têm até três meses para solicitar reembolsos à Câmara, apresentando recibos para despesas como alimentação e serviços postais. No entanto, as passagens aéreas são pagas diretamente pela Câmara, sem necessidade de reembolso.
O alto gasto de Geraldo Resende levanta questões sobre a responsabilidade e a transparência no uso dos recursos públicos. A sociedade exige mais clareza sobre como esses fundos são aplicados e se estão realmente contribuindo para a eficiência e a representação dos interesses da população.
Com o aumento dos gastos e a crescente atenção pública sobre a cota parlamentar, é essencial que haja um debate mais aprofundado sobre a gestão desses recursos e a necessidade de reformas para garantir que o dinheiro público seja usado de maneira mais eficaz e responsável.
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*Com informações Metrópoles