Brasil Soltura
Alexandre de Moraes revoga prisão de ex-diretor da PRF Silvinei Vasques sob pressão política
Silvinei Vasques, acusado de interferir nas eleições de 2022, é solto, mas permanece sob medidas restritivas
08/08/2024 09h32
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a soltura de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Vasques estava detido preventivamente desde 9 de agosto de 2023, acusado de tentar influenciar o segundo turno das eleições de 2022 em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Moraes justificou a decisão alegando que os motivos que levaram à prisão de Vasques não se aplicam mais. No entanto, Vasques deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de portar armas, sair do país e utilizar redes sociais. Ele estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Detalhes da investigação

A prisão de Silvinei Vasques foi resultado de uma investigação da Polícia Federal, que apontou o uso indevido de recursos públicos para influenciar o processo eleitoral. A investigação indicou que os bloqueios de rodovias realizados pela PRF durante o segundo turno configuraram crimes de prevaricação e violência política, além de tentativas de impedir o exercício do voto, conforme o Código Eleitoral Brasileiro.

A operação que levou à prisão de Vasques foi denominada “Constituição Cidadã”, em alusão à Constituição Federal de 1988, que garante o direito ao voto. Durante o segundo turno das eleições de 2022, as operações da PRF nas estradas geraram críticas, especialmente devido à concentração de ações no Nordeste, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve a maioria dos votos no primeiro turno.

Repercussão e contexto político

Silvinei Vasques foi amplamente criticado por suas ações durante as eleições, que foram vistas como uma tentativa de influenciar o resultado a favor de Bolsonaro. A decisão de Alexandre de Moraes de liberar Vasques, mas manter medidas restritivas, busca equilibrar a aplicação da justiça com os direitos do acusado, enquanto as investigações continuam.

A medida de revogação da prisão preventiva ocorre em meio a pressões políticas e debates acalorados sobre a imparcialidade das operações policiais durante o período eleitoral. A continuidade das investigações será crucial para esclarecer as alegações e determinar responsabilidades.

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*Com informações Metrópoles