Economia Inflação
Inflação preliminar de agosto registra alta de 0,19% com destaque para combustíveis
Grupo Transportes, impulsionado pela gasolina, lidera as variações, enquanto Alimentação e bebidas mostra deflação
27/08/2024 09h34
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 0,19% em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um aumento de 0,20% para o mês.

O grupo Transportes foi o principal responsável pela alta no índice geral, com um aumento de 0,83% e contribuição de 0,17 ponto percentual (p.p.). A gasolina destacou-se com uma valorização de 3,33%, contribuindo com 0,17 p.p. para o índice. Outros combustíveis também registraram aumentos expressivos: etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%), elevando o subgrupo combustíveis a uma alta de 3,47%.

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas voltou a apresentar deflação em agosto, com uma queda de 0,80%, comparado ao recuo de 0,44% em julho. A queda de preços de alimentos in natura, como tomate (-26,59%) e cenoura (-25,06%), ajudou a reduzir o impacto no índice geral. A alimentação fora do domicílio, no entanto, acelerou de 0,25% para 0,49%.

Os grupos Educação e Habitação também apresentaram variações significativas. Educação subiu 0,75%, refletindo reajustes em cursos regulares, enquanto Habitação teve alta de 0,18%, impulsionada pelo aumento no preço do gás de botijão (1,93%), embora compensada pela energia elétrica, que voltou à bandeira tarifária verde com uma redução de 0,42%.

O IPCA-15 acumulou alta de 4,35% nos últimos 12 meses e 3,02% no ano. A análise detalhada dos grupos mostra que, além dos combustíveis, a inflação de agosto foi influenciada por variações tanto positivas quanto negativas em diferentes setores, refletindo a complexidade e os desafios do cenário econômico atual.

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*Com informações G1