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Gaeco realiza novas buscas na casa de Francisco Cezário, presidente afastado da Federação de Futebol de MS
Investigado por desvios de milhões na Operação Cartão Vermelho, Cezário volta a ser alvo de ação policial em Campo Grande
28/08/2024 08h34
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (28), o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) voltou à residência de Francisco Cezário, presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, para cumprir mandados de busca e apreensão. Até o momento, o Gaeco não confirmou se esta ação faz parte de uma nova fase da Operação Cartão Vermelho, que levou à prisão de Cezário anteriormente. O advogado do investigado, André Borges, confirmou apenas a realização de buscas.

Cezário, que ganhou liberdade em 6 de junho após problemas cardíacos, está atualmente em prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica e restrições que incluem proibição de contato com outros acusados e testemunhas, e proibição de frequentar a sede da Federação. Sua defesa argumenta que a prisão preventiva não é necessária, pois ele não representa uma ameaça à segurança pública.

A Operação Cartão Vermelho, lançada pelo Gaeco em maio, cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. A operação investigou o desvio de mais de R$ 6 milhões da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023. Durante a operação, foram apreendidos mais de R$ 800 mil em dinheiro. A investigação revelou uma organização criminosa que operava dentro da Federação, desviando recursos públicos e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em benefício próprio.

Os investigadores descobriram que os envolvidos realizaram mais de 1.200 saques em espécie, que somaram mais de R$ 3 milhões, e que o esquema também incluía o desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado de MS para jogos do Campeonato Estadual. Parte dos valores cobrados em contratações pela Federação eram devolvidos aos integrantes do esquema, configurando prática de peculato.

A continuidade das investigações e a nova busca e apreensão indicam que o caso segue em andamento, com possibilidade de novas acusações e aprofundamento das apurações sobre os desvios milionários.

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