Pressionado pelo congresso, Luiz Inácio Lula da Silva resolveu prorrogar o aumento de impostos federais sobre os combustíveis, por um período de 30 à 60 dias, através de uma medida provisória que será editada pelo petista logo após a sua posse.
O congresso resolveu pressionar Lula sobre isenção de impostos, após o presidente Jair Bolsonaro criticar o governo petista em sua live, e também, as críticas do atual ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, sobre o aumento de preços dos combustíveis. Ambos demonstraram indignação com o Governo da Gastança.
O prazo é a tentativa para uma saída acordada entre a equipe econômica e o núcleo politico entorno de Lula.
Os maiores prejudicados serão os caminhoneiros, que devem promover alguma paralisação caso aumentem o preço do diesel, e consequentemente, afetará a economia do país, que fomenta o agronegócio.
Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou a aliados que o problema seria resolvido. Horas depois, circulou entre parlamentares a informação que o governo Lula iria desistir da ideia de suspender a medida dos combustíveis, a partir de 1º de janeiro.
A escolha pela renovação da desoneração já é considerada a primeira derrota política de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, para Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Com isso gerou um atrito entre o grupo comandado por Hoffman e a equipe de Haddad, que é contra a prorrogação das isenções, foi mal recebido pelos assessores econômicos do futuro ministro.
No debate interno entre Lula e seus aliados mais próximos, há pressão para que o novo governo prorrogue o benefício sem prazo determinado.
Haddad, trabalha para convencer o presidente eleito que o melhor a fazer é encurtar a validade da desoneração para ganhar tempo até que o mapeamento da situação fiscal esteja mais avançado.
O líder do governo, Randolfe Rodrigues, defendeu que a equipe de Lula avaliasse os custos políticos e sociais do assunto.
“Nós não podemos correr o risco, por circunstâncias de toda natureza, de tomar medida abrupta nesse sentido. Uma medida, nesse sentido, deve ser no mínimo escalonada, dialogada, não podemos de um momento para outro suspender a desoneração. Isso traria consequências políticas e, sobretudo, traria neste momento de debilitadas social traria também consequências sociais”, disse.
Cálculos feitos por economistas do mercado estimam uma alta de até R$ 0,89 por litro de gasolina e R$ 0,35, no diesel.
A equipe econômica do novo governo precisa arrecadar R$ 52 bilhões, e com isso, por fim nas isenções de impostos criadas pelo presidente Jair Bolsonaro. O governo petista inicia o mandato com estouro no teto de gastos, sendo assim, quem paga a conta é o povo brasileiro.