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Divisão no Senado de MS: Nelsinho Trad e Tereza Cristina apoiam impeachment de Moraes, Soraya Thronicke fica em cima do muro
A disputa sobre o afastamento do ministro do STF revela posições divergentes entre os senadores do estado
10/09/2024 11h41
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A questão do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe diferentes posições entre os senadores de Mato Grosso do Sul. Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) são a favor do eventual pedido de impeachment, enquanto a senadora Soraya Thronicke (Podemos) ainda não se definiu publicamente sobre o assunto.

O pedido de impeachment, protocolado na tarde desta segunda-feira por um grupo de bolsonaristas, é baseado em supostos crimes de responsabilidade cometidos por Moraes. O documento, que foi entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, conta com a assinatura de 150 congressistas e 1,4 milhão de cidadãos. A competência para processar um ministro do STF é exclusiva do Senado Federal, sendo necessário o apoio de 54 dos 81 senadores para que o impeachment avance.

Atualmente, de acordo com o site Votos Senadores, 34 senadores estão favoráveis ao impeachment, incluindo Nelsinho Trad e Tereza Cristina. Outros 34 senadores estão indecisos, grupo que inclui Soraya Thronicke. Thronicke, que no passado chegou a propor a CPI da Lava Toga para investigar ministros do STF, ainda não se posicionou oficialmente sobre o pedido de impeachment.

O líder da oposição no Senado, Marcos Rogério (PL-RO), confirmou que o processo de impeachment começará a tramitar. “A partir deste momento, começa a tramitar no âmbito Senado Federal o pedido de abertura de processo de impeachment contra um ministro do Supremo Tribunal Federal por crime de responsabilidade”, afirmou Rogério.

Na Câmara dos Deputados, o apoio ao impeachment é limitado. Apenas três deputados bolsonaristas — Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira (PL) — defendem o afastamento de Moraes. Em contraste, os deputados Camila Jara e Vander Loubet (PT) são contra, enquanto os tucanos Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende permanecem indefinidos.

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*Com informações Investiga MS