Política Energia
Governo descarta racionamento e considera volta do horário de verão para enfrentar seca histórica
Ministro Alexandre Silveira afirma que medida pode ajudar a mitigar picos de demanda, mas decisão ainda não está definida
11/09/2024 08h03
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta quarta-feira (11) que o país não enfrentará falta de energia elétrica ou racionamento devido à severa seca que afeta o Brasil. No entanto, ele não descartou a possibilidade de reintroduzir o horário de verão caso a situação se agrave. Segundo Silveira, o país enfrenta a pior estiagem em quase um século, o que torna a reavaliação de medidas uma necessidade.

Silveira destacou que, embora a volta do horário de verão não tenha uma decisão definida, a opção está sendo considerada como uma alternativa viável. O mecanismo, suspenso desde 2019 por decisão do governo de Jair Bolsonaro (PL), poderia ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema elétrico ao reduzir os picos de demanda no início da noite, quando a geração solar deixa de contribuir.

“Ainda não temos uma decisão, mas a volta do horário de verão é uma possibilidade. Apesar de ser controverso, há uma pequena maioria que aprecia e, mais importante, a economia se beneficiaria. O horário de verão ajuda a diluir o consumo no pico da noite e reduzir a necessidade de acionamento de termelétricas, o que pode trazer um alívio no custo energético e aumentar a segurança do sistema,” afirmou Silveira.

O ministro explicou que, embora o horário de verão tenha sido eficaz para manejar picos de demanda ao adiantar o relógio em uma hora, não há uma necessidade imediata, pois o sistema elétrico ainda não está em crise. A introdução do horário de verão seria uma medida preventiva para evitar o aumento das tarifas de energia e garantir a segurança energética.

O horário de verão foi implementado pela primeira vez em 1931 e tornou-se uma prática contínua em 1985. Desde sua suspensão em 2019, o mecanismo tem sido alvo de debates sobre sua eficácia no cenário atual, com analistas questionando sua relevância para o sistema elétrico moderno. O governo atual busca racionalizar o uso das fontes de energia e evitar medidas drásticas como o racionamento, enquanto avalia a melhor forma de enfrentar a crise hídrica e seus impactos sobre o setor elétrico.

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*Com informações Poder 360