Eleição Debate
Novo Debate em São Paulo: Cadeiras parafusadas e trocas de agressões marcam encontro tenso
Falta de propostas e caos dominam o primeiro confronto entre candidatos após a agressão de Datena a Marçal; acusações de fraude e corrupção intensificam o clima
17/09/2024 11h52 Atualizada há 12 meses
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado nesta terça-feira (17) pela RedeTV! e o portal Uol, foi um caos absoluto, marcado por novas brigas e gritaria. O encontro ocorreu sob a sombra da agressão de José Luiz Datena (PSDB) contra Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura no domingo passado (15), o que levou a organização a parafusar as cadeiras para evitar mais confrontos físicos.

O clima já estava tenso desde o início. Datena e Marçal não perderam a chance de discutir o episódio da cadeirada, com Marçal chamando Datena de “agressor” e comparando seu comportamento ao de um “orangotango”. Em resposta, Datena defendeu suas ações como uma defesa da sua família e se comprometeu a não bater em "covarde" mais de uma vez.

A situação deteriorou-se rapidamente quando Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal trocaram acusações agressivas, levando a moderadora a ameaçar suspender os dois candidatos. Marçal, conhecido por suas declarações polêmicas, se recusou a seguir as regras do debate e chamou Nunes de “Bananinha”, enquanto levantou questões sobre uma denúncia de violência doméstica envolvendo a esposa de Nunes em 2011, caso revelado pela Folha de S.Paulo em 2020.

Nunes não ficou atrás e atacou Marçal com uma referência a sua condenação por furto qualificado, alegando que o candidato tinha um histórico de comportamento criminoso. As acusações entre os dois candidatos foram acompanhadas por outros ataques, incluindo a acusação de Marina Helena (Novo) contra Tabata Amaral (PSB) sobre uso indevido de jatinho, o que Tabata negou veementemente.

A falta de propostas concretas para a cidade foi uma constante, com os candidatos se perdendo em acusações e pedidos de direito de resposta. O debate também abordou questões como irregularidades em contratos emergenciais da prefeitura, a falta de adesão da periferia às campanhas e propostas de mudanças nas tarifas de transporte.

A situação foi agravada pela necessidade de manter a ordem com medidas drásticas, como a proibição de novas agressões verbais e a expulsão imediata de candidatos que desrespeitassem as regras. As trocas de acusações e os ataques pessoais dominaram o debate, deixando de lado discussões substanciais sobre políticas e propostas para São Paulo.

Com a eleição se aproximando, o nível de polarização e hostilidade entre os candidatos parece ter alcançado novos patamares, refletindo um cenário eleitoral marcado por confrontos e falta de civilidade.

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*Com informações G1