Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a disparidade salarial entre homens e mulheres aumentou em 2023, contrariamente às promessas de igualdade do atual governo. Segundo um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres ganharam, em média, 20,7% menos do que seus colegas masculinos. A informação, divulgada nesta quarta-feira (18), reflete uma realidade preocupante, considerando que em março a diferença era de 19,4%.
Elaborado a partir de dados de 50 mil empresas com cem ou mais empregados, o relatório revela que, apesar do crescimento na geração de empregos para mulheres, as novas vagas oferecem salários inferiores. Em 2023, a média salarial feminina foi de R$ 3,5 mil, enquanto a dos homens alcançou R$ 4,4 mil. Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, reconheceu que a desigualdade se agrava porque as mulheres frequentemente ocupam cargos com remunerações menores.
A Lei de Igualdade Salarial, aprovada em 2023, exige que empresas divulguem informações salariais e prevê multas para aquelas que não cumprirem a norma. No entanto, nenhuma companhia foi multada até o momento, levando a questionamentos sobre a eficácia das medidas e a real disposição do governo em enfrentar a desigualdade salarial.
Enquanto Lula se apresenta como um defensor dos direitos das mulheres, os números expõem uma realidade desconcertante: em vez de avançar, a luta pela igualdade salarial retrocede sob sua administração. Se o governo não agir de forma contundente e transparente, as promessas de igualdade se tornarão apenas mais um discurso vazio em meio a dados alarmantes.
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*Com informações Terra Brasil