Na noite desta quinta-feira (19), o governador Eduardo Riedel (PSDB) participou de uma reunião em Brasília com outros nove governadores e ministros, onde o foco principal foi a situação alarmante dos incêndios florestais no Brasil. Porém, um dos pontos mais críticos da discussão foi a busca por soluções para os conflitos fundiários que envolvem comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul.

O tucano se reuniu com figuras-chave como o ministro do STF Gilmar Mendes e outros ministros de alto escalão, onde as dificuldades enfrentadas tanto por indígenas quanto por fazendeiros foram apresentadas. O encontro ocorre em um momento tenso, especialmente após a morte de Neri Silva, um indígena de 23 anos, durante um confronto com a Polícia Militar em Antônio João. O caso reavivou as denúncias de “massacre” e violência sistemática enfrentadas pelos guaranis-kaiowás.

Riedel lamentou a situação, destacando que a crise se agrava pela falta de diálogo e pela necessidade de indenizações justas. “Ninguém ganha com isso. É uma situação extremamente ruim para o Estado, para as comunidades indígenas e para a Polícia Militar que age em determinação da Justiça”, afirmou. O governador ressaltou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em buscar soluções viáveis para as disputas de terras.

A pauta ambiental também foi destaque na reunião, com Riedel enfatizando a importância de um planejamento para 2025, que inclua um programa de prevenção de incêndios na região pantaneira. O governo federal anunciou recentemente um crédito extraordinário de R$ 514 milhões para combater as queimadas, recursos que serão utilizados em parceria com estados e municípios.

“O que considero novo na crise deste ano é o número de incêndios criminosos. É alarmante e deve ser investigado e punido rigorosamente”, alertou Riedel, referindo-se ao aumento preocupante de incêndios intencionais que têm afetado diversas regiões.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, elogiou as iniciativas do governo estadual e enfatizou a importância da integração para alcançar objetivos comuns. “Não queremos politizar a situação. O foco deve ser o resultado dessas ações”, complementou Riedel, em um apelo por um esforço coletivo em busca de soluções efetivas.

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*Com informações Campo Grande News