O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrenta uma reação negativa do mercado após a redução do volume congelado no orçamento brasileiro, de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões. A declaração, feita em Nova York, sugere que o mercado “nem esperou” as explicações oficiais sobre essa mudança, prevista para uma coletiva de imprensa marcada para hoje, 23 de setembro.

Criticando a decisão, economistas e operadores do mercado esperavam que o governo ampliasse o volume de recursos congelados, em vez de diminuí-lo. Haddad, no entanto, se mostrou otimista, afirmando que as novidades são positivas tanto no lado da receita quanto nas despesas. “Quando nós abrimos os dados, só temos boas notícias”, disse ele, minimizando a preocupação do mercado.

A situação se complica ainda mais com o recente aumento de juros no Brasil, que, segundo o ministro, impacta as conversas com investidores estrangeiros. Haddad acredita que esse ciclo de aperto monetário será “temporário” e que as taxas devem voltar a cair em breve. Ele expressou confiança na recuperação do grau de investimento do Brasil pelas principais agências de classificação de risco, projetando avanços até 2025.

O ministro também criticou os anos de déficits públicos e a falta de crescimento do Brasil, enfatizando que, apesar das dificuldades passadas, o país está se recuperando. “Vamos ter o melhor resultado em 10 anos”, destacou, atribuindo essa melhora ao trabalho do atual governo em gerar confiança entre os investidores.

No entanto, a dúvida persiste: será suficiente para acalmar um mercado já cético? A reação à recente redução orçamentária pode indicar que os desafios financeiros do Brasil estão longe de ser superados.

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*Com informações Info Money