Política Prisão
Fúria do Psol: Partido protocola pedido de prisão preventiva contra Bolsonaro
Quebra de sigilo telefônico e telemático, busca e apreensão de documento e passaporte
02/01/2023 14h15 Atualizada há 3 anos
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Medeiros já foi acusado por agredir físicamente menor de idade

A bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na Câmara dos Deputados protocolou, nesta segunda-feira (2), um pedido de prisão preventiva no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O documento foi assinado pelo presidente do Partido, Juliano Medeiros, e pelos atuais deputados federais da legenda e congressistas eleitos.

Na ação, os integrantes do partido solicitaram:

Bolsonaro deixou o Brasil na última sexta-feira (30) e está no estado norte-americano da Flórida com a família.

O partido acusa Bolsonaro de demonstrar, em suas falas e atitudes, “a falta de apreço pela democracia” e afirma que “houve uma intensificação de sua intentona antidemocrática desde que pesquisas passaram a apontar sua baixa chance de reeleição à Presidência da República”.

"Se antes atacava, de maneira completamente infundada, a credibilidade das urnas eletrônicas, passou também a atacar a lisura do Poder Judiciário na condução do processo eleitoral, defendendo tácita e expressamente o rompimento da ordem constitucional a fim de realizar “eleições limpas”", alegou o PSOL.

O pedido da sigla de esquerda, que foi protocolado no âmbito do chamado inquérito das milícias digitais, afirma ainda que Bolsonaro “enalteceu a ditadura militar, defendeu abertamente golpe de Estado e divulgou fake news sobre fraude eleitoral durante todo o seu período a frente do poder Executivo”.

"Como disse o presidente Lula ontem [domingo, 1°], não queremos revanchismo. O que queremos é que os responsáveis pela morte de milhares de brasileiros respondam no rigor da lei. E pra ontem!", escreveu o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, em seu perfil no Twitter.

O presidente, Jair Bolsonaro, permaneceu calado após o resultado das eleições presidencias para evitar qualquer mal-entendido, conforme relatou em sua live, antes da viagem aos Estados Unidos, tanto que houveram muitas críticas em torno do silêncio do presidente.