Na manhã desta sexta-feira (27), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, reafirmando que “Israel busca a paz”. No entanto, seu discurso rapidamente se tornou belicoso, com Netanyahu afirmando que seu país enfrenta “inimigos selvagens” e disparando ameaças diretas ao Irã. “Se vocês [Irã] nos atacarem, nós atacaremos. Não há lugar no Irã que nós não possamos alcançar. Isso é verdade para todo o Oriente Médio”, declarou.
O discurso de Netanyahu ocorre em um contexto de escalada de violência no Oriente Médio, com as Forças Armadas de Israel (FDI) realizando bombardeios a alvos no Líbano e na Síria horas antes de sua fala. O Líbano está passando por um momento crítico, com quase 700 mortes registradas apenas nesta semana, segundo o Ministério da Saúde do país. Além disso, mais de 30 mil pessoas cruzaram a fronteira do Líbano para a Síria nas últimas 72 horas, conforme dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur). O coordenador humanitário da Acnur no Líbano descreveu a situação como “catastrófica”, afirmando que “estamos testemunhando o período mais mortal no Líbano em uma geração”.
A chegada de Netanyahu a Nova York não foi tranquila. O primeiro-ministro foi recebido por cerca de 50 manifestantes judeus que se opõem à guerra em Gaza, reunidos perto da sede da ONU. Os protestos pediam um cessar-fogo em Gaza e uma solução pacífica para o conflito. Um dos oradores do grupo afirmou: “Parem de matar crianças, acabem com a guerra, assinem o acordo, tragam os reféns para casa. Não há solução militar”.
Com mais protestos planejados para este final de semana, a pressão sobre Netanyahu aumenta, enquanto a comunidade internacional observa atentamente a situação no Oriente Médio e as promessas de paz que ecoam em meio à violência crescente.
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*Com informações Metrópoles