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Brasil ignora crise na Venezuela e fraude eleitoral: 50 países se manifestam
Enquanto a comunidade internacional condena a repressão e os abusos de Maduro, o governo brasileiro opta por ficar à margem da declaração conjunta
30/09/2024 12h18 Atualizada há 2 meses
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Um total de 50 países uniu forças para assinar uma declaração conjunta que denuncia a crise política na Venezuela e os fortes indícios de fraude eleitoral perpetrados pelo governo de Nicolás Maduro. No entanto, o Brasil não se juntou a esta aliança, que conta com o respaldo de nações como Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Suécia e França, entre outros.

A declaração expressa a "séria preocupação" dos signatários em relação à repressão generalizada e contínua na Venezuela, além dos relatos de abusos e violações de direitos humanos que se intensificaram após as eleições. O documento menciona especificamente a ocorrência de prisões arbitrárias, incluindo de crianças, mortes, e a falta de garantias para um julgamento justo, além de táticas de intimidação contra a oposição democrática.

Entre as situações alarmantes destacadas está o mandado de prisão contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que, segundo registros eleitorais, obteve o maior número de votos nas eleições de 28 de julho. Forçado a abandonar o país, Urrutia atualmente busca asilo político na Espanha.

Os países que assinaram a declaração exigem a libertação imediata de todos aqueles detidos arbitrariamente e clamam pelo fim do uso excessivo da força, da violência política e do assédio contra a oposição e a sociedade civil. Além disso, a declaração pede a restauração do Gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na região, como parte de um esforço mais amplo para garantir a proteção dos direitos fundamentais na Venezuela.

A ausência do Brasil nesse movimento internacional levanta questões sobre a postura do governo brasileiro diante da situação na Venezuela e sua disposição em se alinhar com a comunidade global na defesa dos direitos humanos e da democracia. Enquanto outros países clamam por ações firmes contra a repressão, a decisão do Brasil de não participar dessa declaração pode ser vista como uma falta de compromisso com a defesa dos princípios democráticos na América Latina.

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*Com informações O Antagonista