A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, prevista para 2025, já gera tensão nos bastidores do Partido Liberal (PL). Deputados do partido estão insatisfeitos com os candidatos atuais e pressionam Jair Bolsonaro para impedir que Hugo Motta (Republicanos-PB), visto como "alinhado a Lula", assuma o comando da Casa. O grupo planeja uma reunião urgente com o ex-presidente logo após o primeiro turno das eleições municipais, em 6 de outubro, para discutir uma estratégia que enfraqueça o favoritismo de Motta.
Motta, que recebeu apoio de Arthur Lira (PP-AL) e tem o respaldo de membros do governo Lula, é o principal alvo de crítica dentro do PL. As declarações recentes de seu pai, Nabor Wanderley Filho, prefeito de Patos (PB), afirmando que o candidato "não daria trabalho" ao governo, acenderam o alerta na oposição, que teme uma presidência conivente com o Palácio do Planalto.
Apesar de Bolsonaro já ter sinalizado apoio a Hugo Motta, a oposição não está disposta a aceitar a escolha passivamente. Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) ainda correm por fora, com Nascimento tentando articular uma reaproximação com Bolsonaro, mesmo após desagradar aliados ao fazer "o L" em um evento recente. Brito, por sua vez, é considerado ainda mais próximo do governo, o que aumenta a rejeição entre os opositores.
Os deputados do PL esperam que Bolsonaro tome uma posição firme para garantir que a presidência da Câmara não caia nas mãos de um candidato que possa abrir espaço para o avanço governista. O encontro pós-eleições será decisivo para definir os rumos da sucessão de Arthur Lira e o futuro da oposição no Congresso.
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*Com informações Metrópoles