Política Desaprovação
Aliados em alerta: Queda de aprovação de Lula em números preocupantes pode ruir chances de reeleição em 2026
Pesquisa revela que o governo Lula se aproxima do “piso” do PT, acendendo o sinal vermelho entre os aliados que temem os impactos nas eleições municipais e na corrida presidencial
02/10/2024 11h34
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A nova pesquisa Genial/Quaest confirmou o que os aliados de Luiz Inácio Lula da Silva temiam: a aprovação do governo caiu para alarmantes 32%, um patamar considerado o "piso" do Partido dos Trabalhadores (PT). Em um cenário em que 31% da população avalia negativamente o governo e 33% considera seu desempenho regular, a preocupação entre os apoiadores de Lula se intensifica. A comparação com os índices do ex-presidente Jair Bolsonaro no mesmo período de mandato levanta uma bandeira vermelha, apontando para a possibilidade de um ciclo vicioso de rejeição que pode se tornar irreversível e ameaçar a reeleição em 2026.

Filipe Nunes, responsável pela pesquisa, destaca que a dificuldade em transformar as medidas econômicas adotadas pelo governo em popularidade representa um dos maiores desafios para Lula. "Ele chega com baixo capital político na boca da urna de 2024 e com grandes desafios para 2026", enfatiza Nunes, apontando para a urgência de uma mudança na estratégia de comunicação do governo.

A análise da desaprovação de Lula revela uma concentração preocupante nas regiões Sudeste e entre eleitores com mais de 60 anos, além daqueles com ensino superior incompleto e os que ganham até dois salários mínimos. Com 53% de desaprovação no Sudeste e uma rejeição crescente entre faixas que tradicionalmente poderiam apoiá-lo, a situação se torna ainda mais crítica.

Embora ministros do governo tentem ver o copo meio cheio, ressaltando que a avaliação positiva ainda supera a negativa, a realidade é que Lula enfrenta um governo que parece isolado em sua "bolha". "Lula mantém aprovação entre quem votou nele em 2022, mas não conquista novos eleitores", aponta Nunes, refletindo a falta de diálogo com aqueles que se opõem ao governo.

Com as eleições de 2024 se aproximando, a necessidade de Lula e seus aliados reverterem esse quadro de insatisfação se torna imperativa. A pergunta que paira no ar é: será que o presidente conseguirá abrir o diálogo necessário para conquistar novos apoiadores ou o governo permanecerá refém de sua própria base? A resposta a essa questão poderá definir não apenas o futuro político de Lula, mas também o destino do PT nas próximas eleições.

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*Com informações CNN