Mato Grosso do Sul Greve
Policiais civis de Mato Grosso do Sul suspendem paralisação após ordem judicial, mas mantêm mobilização
Presidente do Sinpol afirma que categoria vai recorrer de decisão e nova assembleia será marcada
03/10/2024 08h32
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Após uma ordem judicial que declarou ilegal a paralisação, os policiais civis de Mato Grosso do Sul decidiram retornar às atividades normais a partir desta quinta-feira (3). A decisão foi tomada durante uma assembleia na noite desta quarta-feira (2), em que a categoria, representada pelo Sinpol (Sindicato Estadual dos Policiais Civis), optou por acatar a liminar para evitar sanções administrativas.

Alexandre Barbosa da Silva, presidente do Sinpol, divulgou um vídeo nas redes sociais explicando o posicionamento da categoria. Segundo ele, embora a liminar caracterize o movimento como greve, a paralisação era apenas uma suspensão temporária de 12 horas. "Nosso jurídico vai recorrer, pois não estávamos em greve, mas, para proteger a categoria, decidimos suspender a ação de quinta-feira", afirmou Silva.

A paralisação afetava principalmente as movimentações em frente às delegacias, mas o sindicato já planeja novas ações. Silva garantiu que o fim da paralisação não representa o fim da mobilização dos policiais, e uma nova assembleia será convocada para discutir a proposta apresentada ao governo estadual.

A decisão judicial foi assinada pelo desembargador Nélio Stábile, que acatou o argumento do Estado, baseado em uma tese do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe greves de servidores da segurança pública. A liminar determinou que a paralisação prejudicava o atendimento à população nas delegacias e deveria ser interrompida.

Os policiais civis reivindicam um reajuste salarial de 28%, elevação do auxílio-alimentação de R$ 400 para R$ 800, e a implementação de um auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, entre outros benefícios. O governo, por sua vez, manteve a proposta inicial de incorporar o auxílio-alimentação ao salário e conceder um aumento real de 8%. Contudo, as negociações entre a categoria, o Executivo e a Assembleia Legislativa ainda não chegaram a um acordo.

Com a retomada das atividades, a expectativa é de que as negociações continuem, enquanto os policiais civis mantêm a pressão por melhorias nas condições de trabalho e remuneração.

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*Com informações Campo Grande News