Economia Rombo fiscal
Gastança do Governo: Rombo de R$ 99,9 bilhões desafia promessas de equilíbrio fiscal
A gestão financeira do governo continua a ser alvo de críticas enquanto despesas crescem descontroladamente
03/10/2024 11h55
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

As contas do governo federal estão em um estado alarmante, com um rombo de R$ 22,4 bilhões registrado em agosto deste ano, conforme revelado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (5). Embora o resultado tenha sido 19,6% menor do que o do mesmo mês no ano passado, a situação ainda é crítica, refletindo a incapacidade do governo de controlar suas despesas.

No acumulado de 2024, o déficit chega a R$ 99,9 bilhões, um valor que, embora 9,1% menor do que no mesmo período do ano passado, ainda é profundamente preocupante. Com um resultado primário negativo de R$ 227,5 bilhões nos últimos doze meses, equivalente a 1,98% do PIB, a promessa de um equilíbrio fiscal parece cada vez mais distante.

Apesar do esforço para aumentar a arrecadação, com uma elevação de R$ 140,3 bilhões na receita total e R$ 108,6 bilhões na receita líquida, as despesas continuam a crescer de maneira alarmante. Em agosto de 2024, houve um aumento de R$ 3,3 bilhões nas despesas totais em comparação ao mesmo mês do ano anterior, com destaque para o crescimento dos benefícios previdenciários e do seguro-desemprego, que somaram R$ 4,3 bilhões.

A programação orçamentária de 2024, que prevê um uso total do espaço fiscal, sugere que a equipe econômica não espera alcançar o prometido déficit zero. Com gastos extraordinários de R$ 40,5 bilhões sendo ignorados da meta fiscal, é esperado que o rombo chegue a R$ 68,8 bilhões ao final do ano, desafiando as promessas do governo de responsabilidade fiscal.

A crítica à gestão financeira do governo é inevitável. Com despesas obrigatórias crescendo descontroladamente, a falta de um plano eficaz para conter os gastos se torna evidente. Enquanto a população enfrenta dificuldades econômicas, a gastança governamental continua a minar a confiança dos cidadãos na capacidade do governo de gerenciar os recursos públicos de maneira responsável. A situação clama por uma reavaliação urgente das prioridades fiscais e um compromisso verdadeiro com a contenção de gastos.

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