Economia Pix
Banco Central endurece regras do Pix e impõe limites de segurança para combater fraudes
A partir de novembro, novas medidas restringem transferências por dispositivos não cadastrados, enquanto um Pix automático será lançado em 2025
14/10/2024 09h34
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A partir de 1° de novembro, o Banco Central do Brasil implementará novas medidas de segurança para o sistema de pagamentos instantâneos Pix, visando aumentar a proteção contra fraudes e golpes. De acordo com a resolução recentemente publicada, o limite de segurança para transferências realizadas por novos dispositivos será de R$ 200, e o total diário de transações enviadas por aparelhos não cadastrados será limitado a R$ 1.000.

Essas atualizações resultam de discussões com especialistas do mercado financeiro e têm como objetivo tornar o Pix um meio de pagamento mais seguro. A nova regulamentação exige o cadastro de dispositivos de acesso inéditos para realizar transações Pix, buscando evitar fraudes que envolvam o uso indevido de credenciais obtidas por técnicas maliciosas, como o roubo de dados.

As instituições financeiras também terão que adaptar seus sistemas para se alinhar a essas novas exigências. Elas precisarão implementar sistemas de gerenciamento de risco capazes de detectar transações atípicas ou que não condizem com o perfil do cliente. Além disso, deverão fornecer informações aos clientes sobre como se proteger contra fraudes e verificar periodicamente se os clientes estão na base de dados de fraudes do Banco Central.

Em uma perspectiva futura, o Banco Central anunciou a implementação do Pix automático a partir de 2025. Este novo recurso permitirá o agendamento de pagamentos recorrentes, semelhante ao débito automático, permitindo que os usuários gerenciem mais facilmente pagamentos de serviços e mensalidades. Os clientes poderão estabelecer limites e controlar autorizações permanentes através do aplicativo da instituição financeira.

Breno Lobo, Chefe Adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, destacou a importância dessas medidas para minimizar fraudes e otimizar o uso de dados antifraude pelas instituições participantes. As futuras atualizações e o novo recurso de pagamento automático fazem parte do esforço contínuo do Banco Central para oferecer uma alternativa prática, segura e eficiente para transações financeiras no Brasil.

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*Com informações Terra Brasil