O vice-presidente nacional do PT e prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, não tem medo de chamar as coisas pelo nome. Em uma declaração contundente, o deputado federal criticou abertamente o desempenho da legenda nas eleições municipais e sugeriu uma mudança drástica na estratégia partidária: uma aliança sincera e pragmática com o Centrão. A frase que ressoou nos bastidores petistas é clara: “Dilma Rousseff abriu mão dessa relação sincera e sofreu o impeachment.”

Essa autocrítica é um golpe direto no coração de uma sigla que historicamente se opõe ao centrismo. Quaquá acredita que a insistência do PT em candidaturas que disputam apenas 30% do eleitorado é um erro colossal. Ele citou as tentativas de Marcelo Freixo no Rio de Janeiro em 2020 e Guilherme Boulos em São Paulo, afirmando que ambas as campanhas foram equívocas que resultaram em derrotas significativas.

“O PT precisa liderar uma aliança com o centro”, defende Quaquá, apontando que o partido se perdeu em pautas que atendem mais à classe média do que às necessidades reais do povo. Em breve, ele lançará o livro “Diálogos com a Utopia”, onde apresentará soluções e novos rumos para a legenda.

A proposta de Quaquá vai além de uma simples reflexão interna; ela aponta para um futuro incerto. O deputado sugere que o PT deve apoiar a candidatura de Eduardo Paes (PSD) ao governo do Rio de Janeiro em 2026, um movimento que, se concretizado, poderia acirrar os ânimos dentro da própria legenda.

Enquanto o partido debate a necessidade de um novo nome para a presidência, a visão de Quaquá se apresenta como um sinal de alerta para os petistas: ou se adaptam, ou enfrentam um futuro sombrio nas urnas. As palavras de Quaquá ecoam uma verdade desconfortável: o PT pode precisar do Centrão mais do que imagina para sobreviver ao caos político que se avizinha.

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*Com informações CNN