Educação Absurdo
UFMA sob ataque: Apresentação erótica de Tertuliana Lustosa expõe a decadência da educação pública
Universitários reagem em repúdio à performance inapropriada em evento acadêmico, enquanto a instituição promete investigar o ocorrido
18/10/2024 10h09 Atualizada há 4 horas
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma apresentação erótica durante o I Encontro de Gênero do Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), realizada na última quinta-feira (17), causou um verdadeiro alvoroço nas redes sociais e expôs a falta de limites no ambiente acadêmico. A historiadora e cantora Tertuliana Lustosa, ao dançar em cima de uma mesa e cantar letras de conteúdo sexual explícito, como “educando com o c*” e “dando aula na sua p***”, chocou alunos e internautas, que reagiram com repúdio.

A performance, que deveria ser um espaço de debate e reflexão, transformou-se em um espetáculo que ultrapassou os limites do bom senso. “Sinto vergonha como aluna de uma universidade pública do Maranhão ao ver uma cena dessas em um ambiente educacional. Meu total repúdio a essa cena ridícula e repugnante”, escreveu uma internauta em sua rede social. Outras opiniões ecoaram a mesma indignação, ressaltando que a universidade deveria ser um espaço de aprendizado e respeito, e não de “proibidão”.

O evento, que se propunha a discutir as “tendências contemporâneas na América Latina e no Sul global”, acabou desvirtuado pela apresentação inadequada de Lustosa, que, em sua conta no Instagram, defendeu sua performance como parte de um conhecimento “múltiplo” e provocativo. A cantora alegou que a universidade é um espaço para todas as formas de conhecimento, mas sua visão sobre a educação parece mais próxima da vulgaridade do que do aprendizado.

A nota oficial da UFMA, que chamou a apresentação de “inapropriada”, é um indicativo de que a própria instituição reconhece o erro ocorrido. A universidade se comprometeu a averiguar a situação e a tomar as providências necessárias, mas o que mais se espera é uma reflexão profunda sobre os limites da liberdade de expressão em ambientes educacionais. Afinal, a liberdade deve coexistir com o respeito e a responsabilidade.

O que fica claro é que a performance de Tertuliana Lustosa não representa um avanço na discussão sobre gênero e sexualidade, mas sim uma banalização desses temas em um espaço que deveria ser sagrado para o aprendizado. As autoridades educacionais precisam urgentemente traçar um limite entre expressão e devassidão, garantindo que a educação não se torne um palco de espetáculo barato, mas sim um verdadeiro espaço de formação crítica e ética para os estudantes.

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