O mercado financeiro revisou suas projeções para 2024, elevando as estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Produto Interno Bruto (PIB) e do dólar, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 21 de outubro. Apesar dessas alterações, a taxa básica de juros, a Selic, permanece inalterada em 11,75% ao ano, pela terceira semana consecutiva.

A previsão para a inflação aumentou de 4,39% para 4,50%, indicando que o mercado acredita que a inflação atingirá o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma variação permitida de 1,5 ponto percentual, variando entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, a projeção de inflação também subiu, passando de 3,96% para 3,99%.

As estimativas para a Selic indicam que a taxa deve subir de 10,75% para 11,75% até o final de 2024, sugerindo que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC pode aumentar a taxa de juros nas próximas reuniões. Para 2025, a expectativa dos economistas é que os juros aumentem de 11% para 11,25% ao ano, enquanto a previsão para 2026 se mantém em 9,50%.

A expectativa de crescimento do PIB também foi elevada, passando de 3,01% para 3,05% para este ano. Com isso, as previsões do mercado estão se alinhando cada vez mais com as estimativas da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda e do Banco Central, que projetam um crescimento de 3,2% para 2024. Para 2025, a previsão continua em 1,93%.

Além disso, o mercado financeiro espera que a taxa de câmbio do dólar suba de R$ 5,40 para R$ 5,42 até o final do ano, enquanto para 2025 a expectativa se mantém em R$ 5,40. No que diz respeito à balança comercial, a previsão de superávit caiu de R$ 80 bilhões para R$ 78 bilhões em 2024, embora a expectativa para 2025 tenha aumentado, passando de R$ 76,06 bilhões para R$ 76,09 bilhões. Para 2026, a projeção do saldo da balança comercial subiu de R$ 78 bilhões para R$ 79 bilhões.

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*Com informações Metrópoles