Mato Grosso do Sul Decreto
Governo de Mato Grosso do Sul decreta emergência por estiagem prolongada e prejuízos milionários
Incêndios no Pantanal e perdas na agricultura e pecuária geram crise, com danos de R$ 17 milhões
22/10/2024 08h39
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O Governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência em todo o estado devido à longa estimativa, que se intensificou desde abril, gerando incêndios e prejuízos severos à agricultura e pecuária. A medida, publicada no Diário Oficial na segunda-feira (21), tem como objetivo acelerar as ações de combate aos impactos da seca e oferecer assistência às regiões mais atingidas.

O decreto aprovado pelo governador Eduardo Riedel aponta que a estimativa tem causado um aumento expressivo de focos de calor, especialmente no Pantanal, uma das áreas mais afetadas. Na região, os incêndios comprometeram a criação de gado, resultando em perdas econômicas que superam R$ 17 milhões. Além disso, a seca afetou gravemente o vegetação, a fauna e o solo, colocando em risco o equilíbrio ecológico do bioma.

A agricultura também está enfrentando grandes dificuldades. O período de seca atrasou o plantio de culturas importantes como o milho e comprometeu a produtividade. As perdas agrícolas são generalizadas em várias regiões do estado, o que representa um forte impacto econômico, principalmente para pequenos e médios produtores.

O Pantanal, conhecido por ser uma das maiores barreiras alagáveis ​​do mundo, sofre com os incêndios, que têm sido recorrentes nos últimos anos. A região enfrenta uma série de desafios para conter as queimadas, e o governo estadual está direcionando esforços para combater o fogo e recuperar o bioma. No entanto, a extensão dos danos torna o trabalho mais complexo.

Eduardo Riedel destacou a importância de as chuvas se normalizarem nas próximas semanas para mitigar os danos na próxima safra de verão. Ele também reconheceu que a situação é crítica, e que o estado ainda tem muitos obstáculos para superar os efeitos prolongados da seca. “Estamos fazendo o possível para conter os incêndios e dar apoio às regiões mais afetadas, mas a situação exige ação contínua e a colaboração de todos”, afirmou o governador.

O decreto de emergência permite que o governo estadual acelere o destino de recursos para ações de combate ao fogo e para apoiar produções rurais que enfrentem prejuízos econômicos. A estimativa prolongada também coloca em evidência a urgência de políticas ambientais mais robustas e de investimentos em tecnologias de adaptação climática, especialmente em regiões vulneráveis ​​como o Pantanal.

A crise hídrica no Mato Grosso do Sul é parte de um problema maior que afeta várias regiões do Brasil e do mundo, com a mudança climática provocando eventos extremos, como secas prolongadas e chuvas irregulares. A divulgação e conscientização sobre os efeitos dessas consequências são fundamentais para mobilizar ações e promover medidas de mitigação dos impactos ambientais e socioeconômicos.

A expectativa é que o decreto possa facilitar o acesso a fundos emergenciais e o envolvimento dos órgãos federais na ajuda ao estado. Além disso, espere-se uma resposta mais rápida para minimizar os danos econômicos e ambientais que envolvem comprometer a qualidade de vida das emissões afetadas e a biodiversidade local.

A seca no Mato Grosso do Sul continua a ser monitorada, com a esperança de que as condições climáticas melhorem e ajudem na recuperação do estado e do Pantanal.

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