Ainda sob influência do fenômeno climático La Niña, o Brasil segue vivenciando dois extremos: enquanto o Rio Grande do Sul está em alerta para situação de estiagem, na região Central do Brasil a previsão continua sendo de muita chuva, inclusive com alertas da Defesa Civil em Minas Gerais. 

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul declarou estado de emergência em 45 municípios, incluindo áreas de produção de agrícola em todas as regiões do estado.

Os dados são atualizados diariamente e vêm aumentando dia após dia, coletados nas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Comprovam os baixos volumes registrados nos últimos 30 dias.

Já na região Central do país registrou volumes acima de 300mm, no Rio Grande do Sul a precipitação não ultrapassou os 120mm, sendo os acumulados mais significativos registrados no extremo norte gaúcho. Em Santa Catarina e no Paraná, as chuvas ficaram entre 120mm e 150mm no período.

A grande preocupação do setor produtivo é que os modelos meteorológicos não sinalizam chance de chuvas para os próximos dias em toda a região Sul do Brasil. O modelo Cosmo do Inmet prevê que até o dia 12 de janeiro o Estado Gaúcho não deve receber novas chuvas. Já em Santa Catarina e no Paraná, as chuvas até acontecem, mas de forma rápida e sem volumes expressivos. 

De acordo com dados atualizados no mês passado pelo Inmet, a tendência é que durante todo o trimestre (janeiro, fevereiro e março) as chuvas continuem acontecendo com irregularidade no Sul do Brasil, sendo o cenário mais crítico previsto para a região Sul o país. 

As atualizações mais recentes indicam que o La Niña deve perder força a partir de abril. O alerta publicado pelo Inmet é válido para o centro-norte de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e e áreas do Matopiba.

O modelo de previsão de precipitação acumulada para os próximos sete dias mostra que além de Minas Gerais, a tendência é de muita chuva no Rio de Janeiro, centro-sul do Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso, com acumulados acima de 150mm no período. 

Na região do Matopiba, os volumes mais expressivos são previstos em pontos do oeste da Bahia e Tocantins com acumulados que podem ficam acima de 80mm nos próximos sete dias.