Em uma declaração que rapidamente se tornou polêmica, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sugeriu que a população troque “alface por chicória” caso o preço da alface esteja elevado. A sugestão foi feita durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (30), onde Marinho tentou ilustrar a dinâmica da lei de oferta e demanda como uma solução para controlar a inflação. Em vez de abordar as verdadeiras preocupações da sociedade, sua proposta é como um desdém à dura realidade que milhões de brasileiros enfrentam diariamente.
As palavras do ministro revelam uma desconexão alarmante com as dificuldades financeiras que afetam as famílias. A realidade é que a inflação levou os preços dos alimentos a patamares exorbitantes, e sugerindo uma substituição de produtos frescos não resolve o problema de fundo: a necessidade urgente de medidas concretas para controlar a inflação e tornar os alimentos acessíveis a todos.
Ao desviar a discussão sobre substituições alimentares, Marinho não só ignora as reais consequências da inflação nas mesas dos brasileiros, mas também parece minimizar a gravidade da situação. Enquanto a população se preocupa com o custo de vida e como manter uma alimentação saudável, o governo parece mais preocupado em discutir teorias econômicas do que em encontrar soluções práticas para aliviar o fardo que recai sobre as famílias.
O ministro também negou que suas sugestões representem uma tolerância com a inflação, afirmando que a intolerância deve ser com os juros. Contudo, essa retórica não aborda a urgência do problema da alta de preços, que continua a impactar o orçamento doméstico de forma devastadora. Em vez de sugerir alternativas simples para produtos alimentares, seria mais seguro que o governo se empenhasse em políticas públicas que realmente ajudariam a controlar a inflação e a garantir que todos pudessem obter alimentos básicos sem sacrifícios.
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