Brasil CNU
Acordo judicial reintegra candidatos eliminados do “Enem dos Concursos”
Decisão garante nova análise de provas e adia divulgação de resultados finais para fevereiro de 2025
21/11/2024 10h49
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Um acordo entre a União, o Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Cesgranrio solucionou o impasse judicial sobre a correção das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), apelidado de "Enem dos Concursos". Candidatos eliminados por não preencherem corretamente o campo de identificação (a "bolinha") no cartão de respostas serão reintegrados ao processo seletivo.

A 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Tocantins determinou que os candidatos que preencheram ao menos um dos dois critérios de identificação — marcar a bolinha ou transcrever a frase da capa do caderno de questões — têm direito a seguir no certame. A decisão também levou ao adiamento dos resultados finais, que serão divulgados em 11 de fevereiro de 2025, conforme novo cronograma anunciado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Correção de provas e ajustes no edital

Com o acordo, a Cesgranrio realizará a correção de todas as provas identificáveis por qualquer dos métodos previstos, incluindo a frase transcrita ou a marcação no cartão de resposta. As redações e provas discursivas de candidatos negros que atingiram a nota mínima serão corrigidas na mesma proporção das de ampla concorrência, garantindo isonomia no processo.

Além disso, a União se comprometeu a retificar editais do Bloco 4 e 5, incluindo a etapa de títulos para o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS), com peso equivalente aos previstos nos editais anteriores.

Impacto na lista de aprovados

A inclusão dos candidatos reintegrados não afetará o número original de habilitados já classificados. Com a reintegração, 32.260 novos candidatos terão suas provas discursivas corrigidas, ampliando a disputa pelo concurso, que contou com rígidos critérios para evitar fraudes e colas.

O CNU, realizado em agosto deste ano, utilizou cadernos de provas com ordens diferentes. A confusão em torno das instruções de preenchimento da “bolinha” gerou polêmica entre os participantes, que alegaram terem seguido orientações dos fiscais.

Com a decisão judicial e o acordo firmado, o concurso segue com ajustes para garantir transparência e equidade aos candidatos.

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*Com informações Metrópoles