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Policial preso por planejar morte de Lula tem vínculos com o PT da Bahia: Esquerda ignora as conexões e e fica em silêncio
Wladimir Matos Soares, ex-agente da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, desafia narrativa oficial enquanto esquerdistas evitam discutir sua trajetória com o PT
21/11/2024 12h43
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Wladimir Matos Soares, policial federal preso por suspeita de envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, traz à tona uma conexão com o Partido dos Trabalhadores que é, no mínimo, desconcertante. Natural da Bahia, Wladimir trabalhou na inteligência da Secretaria de Segurança Pública do estado entre 2007 e 2008, período em que Jaques Wagner, atual líder do governo no Senado, era o governador. Um detalhe que, embora seja de conhecimento público, tem sido sistematicamente minimizado pela esquerda, que mantém um silêncio alarmante sobre essa relação.

Durante o período em que Wladimir esteve vinculado à Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o governo do PT teve influência direta sobre a gestão de segurança, o que levanta sérias dúvidas sobre os interesses e lealdades políticas do agente da PF. Ele foi descrito por seus colegas como um policial competente e sem "discursos extremistas". Contudo, ao ser preso por suposto envolvimento no plano de morte contra Lula, sua postura se revelou mais alinhada com as ideias de direita, em contraste com sua trajetória dentro de um governo petista.

Apesar de ser visto como um "bom policial" no meio, os colegas de Wladimir na Polícia Federal afirmam ter sido pegos de surpresa com as acusações. "Se ele era bolsonarista, não assumia, porque não tinha nenhum tipo de conversa sobre isso com a gente", declarou um agente sob anonimato. Esse silêncio, no entanto, não explica os vínculos anteriores de Wladimir com o PT, nem o fato de que, até recentemente, ele tenha continuado a ocupar um cargo de relevância no seio de uma instituição de segurança nacional.

Em 2005, Wladimir já havia se envolvido em um caso polêmico, quando foi acusado de homicídio de um policial militar durante uma operação da PF. O caso, que envolveu a morte de Evaldo Soares Lopes Junior, foi classificado como legítima defesa, mas levanta ainda mais questões sobre a atuação do agente em situações de conflito. A alegação de que ele agiu em defesa de sua vida e a absolvição por parte da Justiça deixam um rastro de dúvidas sobre a conduta do policial.

Agora, com a prisão de Wladimir e as acusações de envolvimento em um plano criminoso contra o presidente, a falta de uma reação contundente da esquerda em relação ao seu passado político com o PT sugere uma hipocrisia política desconcertante. Enquanto setores da direita se aproveitam do caso para atacar a instituição da Polícia Federal e associá-la à perseguição política contra o governo, a esquerda se omite, ignorando os vínculos históricos entre Wladimir e o PT. Este silêncio é emblemático e preocupante, especialmente em um momento de polarização política, onde a confiança nas instituições de segurança é constantemente colocada em jogo.

Este episódio levanta questionamentos sobre a relação entre a Polícia Federal e a política, além de expor as falácias do discurso de que a instituição é neutra. Se Wladimir Matos Soares, com seus vínculos com o PT, pode ser acusado de tentar matar o presidente eleito, o que isso diz sobre o nível de infiltração política dentro das forças de segurança? E, mais importante, por que a esquerda, que deveria se preocupar com o uso político da Polícia Federal, prefere permanecer em silêncio diante de um caso tão emblemático? A resposta a essas perguntas é urgente e essencial para o fortalecimento da democracia e da confiança pública nas instituições brasileiras.

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*Com informações Metrópoles