O clima esquentou na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (26) depois que a Polícia Federal tomou medidas contra dois parlamentares da oposição, indiciando-os por crimes de calúnia e difamação após críticas feitas na tribuna contra o delegado Fábio Alvarez Shor, que atua no inquérito envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Arthur Lira, presidente da Casa, reagiu com veemência à ofensiva e orientou seus colegas a não se submeterem a depoimentos quando chamados pela PF, alegando que a imunidade parlamentar deve ser preservada.
Lira expressou sua revisão em reunião com líderes partidários, reforçando que os discursos feitos na tribuna da Câmara devem ser blindados de qualquer tipo de investigação. "A imunidade parlamentar é um direito fundamental. Vamos defender o livre exercício do mandato e garantir que nenhum parlamentar seja perseguido por suas palavras dentro da Casa", afirmou, prometendo levar a defesa da prerrogativa à tribuna no próximo dia de sessão.
A Polícia Federal indiciou os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) após seus discursos críticos ao delegado Fábio Alvarez Shor, responsável pelas investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e figuras da direita. A PF alegou que as falas dos parlamentares configuraram crimes de calúnia e difamação, mas a ocorrência de Lira e da Procuradoria Parlamentar da Câmara foi enfática: a imunidade dos congressistas deve ser garantida, principalmente em relação aos discursos proferidos na tribuna, e qualquer investigação que envolvem essas manifestações representa uma frente à liberdade de expressão e ao direito constitucional de crítica.
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*Com informações Metrópoles