Política Cortes de gastos
Governo Lula anuncia corte de R$ 70 bilhões e medidas fiscais polêmicas após pressão do mercado
Reformas e ajustes no Orçamento geram preocupações sobre impacto nos programas sociais e na população vulnerável
28/11/2024 08h34
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O governo federal divulgou, nesta quarta-feira (27), um conjunto de medidas para revisão de gastos públicos, que pretende economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. O anúncio acontece após intensa pressão do mercado financeiro, que aguardava uma posição concreta sobre a redução das despesas da União. Nesta quinta-feira (28) haverá uma coletiva para explicar os detalhes com a participação dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento), com o objetivo de ajustar as despesas obrigatórias ao novo arcabouço fiscal.

Em sua fala, Haddad detalhou algumas das principais ações do governo, que incluem o pente-fino nos programas sociais e o corte em benefícios, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Vamos ter que passar a limpo, num prazo menor do que o anunciado em julho, os cadastros dos grandes programas sociais”, afirmou o ministro. Ele também anunciou isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, limitações de supersalários e ajustes nas aposentadorias militares, buscando controlar o crescimento do gasto público.

Entre as outras propostas, destaca-se o suporte nas regras fiscais, como a concessão de criação ou ampliação de benefícios tributários em caso de déficit primário nas contas do governo, e a destinação de 50% das emendas de comissão à saúde pública. Contudo, as ações ainda geram críticas, principalmente entre aqueles que têm o impacto nas camadas mais vulneráveis ​​da população.

Com a pressão do mercado por um ajuste fiscal rápido, as medidas do governo têm como objetivo trazer maior equilíbrio nas contas públicas, mas a população segue atenta às repercussões desses cortes em serviços essenciais e programas sociais. A reforma tributária também segue sendo um tema central nas discussões, com Haddad reafirmando que a reforma será separada das medidas fiscais, mas com um impacto profundo na estrutura tributária do país.

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*Com informações Metrópoles