A retenção de R$ 25 bilhões em emendas parlamentares pelo ministro Flávio Dino, do STF, desencadeou uma crise de articulação política no governo Lula. Desde agosto, as emendas estão suspensas por falta de transparência e rastreabilidade, atingindo R$ 11 bilhões em emendas individuais, R$ 8,1 bilhões de comissões e R$ 6,7 bilhões de bancadas estaduais.
Apesar da aprovação de um projeto de lei para aprimorar o controle sobre os recursos, o STF ainda não liberou os valores, gerando indignação entre deputados e senadores. Os parlamentares condicionaram o avanço de metas importantes, como a Lei Orçamentária (LOA) e a revisão dos gastos públicos, à liberação dos recursos, deixando o Palácio do Planalto sob pressão intensa.
Arthur Lira, presidente da Câmara, sinalizou um esforço concentrado para votar o pacote econômico do governo, mas os parlamentares alertaram que sem “vontade política” a tramitação pode se arrastar para 2025. O líder do governo, José Guimarães, tenta acelerar as negociações, mas enfrenta resistência diante do recesso iminente.
Enquanto isso, a equipe econômica de Lula teme que o bloqueio das emendas comprometa ainda mais a já fragilizada relação entre Executivo e Legislativo, colocando em xeque a governabilidade nos próximos meses.
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*Com informações Metrópoles