Fazer compras no mercado tem se tornado um verdadeiro pesadelo para os brasileiros. Com os juros nas alturas e a inflação acumulada em 4,76% nos últimos 12 meses, os preços dos alimentos básicos continuam subindo, comprometendo o poder de compra das famílias. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou aumento de 0,56% em outubro, com destaque para a alta de 5,81% nas carnes, o maior salto desde 2020.
O impacto é direto na mesa dos brasileiros. A carne, item essencial, lidera a lista dos aumentos, enquanto outros produtos como óleos e gorduras (2,91%), pescados (1,52%) e bebidas (1,5%) também pesaram no orçamento. O consumidor vê ainda os preços de frutas e legumes dispararem: limão (46,78%), laranja-lima (26,13%), e abacate (21,36%) são alguns exemplos do descontrole dos preços.
Enquanto alimentos como feijão preto (4,45%) e café moído (4,01%) encarecem o café da manhã, a energia elétrica, com alta de 4,74% em outubro, agrava ainda mais a situação. Por outro lado, itens como tubérculos, hortaliças e frutas tiveram queda, mas isso não alivia o peso dos juros elevados no custo de vida.
O brasileiro, já sufocado pelas taxas de juros que emperram o crescimento econômico, enfrenta o desafio de reavaliar prioridades na lista de compras e reduzir o consumo de alimentos essenciais. Para especialistas, a alta dos preços reflete não apenas fatores climáticos e logísticos, mas também um modelo econômico que deixa o consumidor no centro do sacrifício.
Sem políticas eficazes para conter a inflação e reduzir os juros, encher a mesa continuará sendo um desafio crescente para milhões de famílias no país.
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*Com informações Metrópoles